20 setembro, 2011

Ondinas


Quando Hylas, um príncipe grego e companheiro de Hércules na expedição dos Argonautas, tentaram apanhar água da fonte sagrada de Pegae, ele foi encantado e atraído pelas Ninfas da Água, mergulhou e afogou-se.
Certamente, as mais famosas das Ondinas são as mitológicas sereias, que povoaram a imaginação e fazem parte da cultura dos marinheiros dos Sete Mares. A crença na existência destas criaturas, que possuem dorso e rosto humanos e membros inferiores de peixe [cauda, nadadeiras], pode ter sido inspirados nos bandos de pingüins ou focas avistados à distância. Nas descrições medievais, as sereias são retratadas com os cabelos verdes como algas marinhas, usando coroas trançadas de flores subaquáticas e anêmonas do mar.
Tal como Gnomos habitam elementos da terra, Ondinas habitam a invisível e espiritual. Em Ondinas, a freqüência de vibração ontológica é consoante com o Elemento Água, sobre o qual possuem grande poder. A beleza das formas é uma característica dos Espíritos da Água. Quase sempre, suas representações em pinturas e esculturas primam pela simetria e graça. Regente do Elemento Água que é associado a um simbolismo feminino é natural que os Espíritos da Água sejam retratados como mulheres.
Existem muitos grupos, alguns habitam cachoeiras, correnteza dos rios, minas gotejantes, pântanos ou lagos. Para os filósofos da Antiguidade, toda fonte tinha sua ninfa; todo oceano, suas oceânicas. Os Espíritos da Água são conhecidos como oreades, nereidas, limoníades, naiades, mulheres-do-mar, sereias, potamides. Freqüentemente, nomes de ondinas estão ligados aos nomes dos rios, lagos ou mares que habitam.
Descrevendo Ondinas, os antigos concordavam que a maioria se parece com o ser humano em aparência e tamanho embora, aqueles que habitam um pequeno regato ou fonte sejam um tanto menores. Acredita-se que estes Espíritos da Água podem, ocasionalmente, assumir a aparência de um ser humano normal, homem ou mulher. Existem muitas lendas sobre estes Espíritos e sua adoção por famílias de pescadores; todavia, em quase todos os casos, Ondinas não resistem ao chamado das águas e retornam ao reino de Netuno, rei dos Mares.
Praticamente, nada se sabe sobre ondinas-macho. Os Espíritos da Água não estabelecem casas, lares, do mesmo modo como fazem os Gnomos; vivem em cavernas de coral submersas ou entre os juncos que crescem às margens de rios e lagos. Segundo uma lenda celta, a Irlanda, antes de ser povoada por seus habitantes históricos conhecidos, foi o domínio de uma estranha raça de criaturas semi-divinas; com a chegada dos celtas modernos, retiraram-se para pântanos e brejos onde permanecem até hoje. Ondinas das mais diminutas vivem entre lírios d'água ou em pequenas casas feitas de musgo.
Existem muitas famílias de Ondinas, cada uma com suas limitações peculiares. Seu governante chama-se Necksa e o ponto cardeal correspondente às Ondinas é o Oeste. São, quase sempre, seres emocionais, amigáveis ao ponto de se dispor a servir a raça humana. Muitas vezes, são representados cavalgando golfinhos ou grandes peixes. Parecem ter um amor especial pelas flores e plantas, às quais se dedicam especialmente. Os antigos poetas dizem que o canto das Ondinas era ouvido vento Oeste e que estes Elementais eram consagrados ao embelezamento do mundo material.

Ondinas Pessoais

Ondinas são os elementais da água por excelência. Vivem em todos os corpos de água do planeta, mas em geral preferem a água doce à água do mar. Vivem nos lagos, nas grandes cataratas, nos riachos, nas fontes, no orvalho, nas folhas sobre as águas e nos musgos. Nas áreas urbanas tendem a se reunir nas represas, estações de purificação de água e em casos mais tristes no escuro dos esgotos. Da mesma forma que os gnomos, estão sujeitas à mortalidade, mas sua longevidade e resistência são bem maiores do que a do humano médio.
É reconhecida por terem o poder de retirar das águas a energia suficiente para sua luminosidade, o que permite ao homem, por muitas vezes, percebê-las em forma de um leve "facho de luz".
Muitas lendas sobre estes espíritos aquáticos sobreviveram até os nossos dias. Na realidade, trata-se de uma categoria mais evoluída de fadas que operam no interior do elemento, já que a natureza das ondinas é bem mais primária e menos desenvolvida. Os espíritos da água aparecem com maior freqüência sob forma feminina, mas formas masculinas também estão presentes entre os espíritos mais evoluídos do elemento.

As ondinas colaboram para a manutenção de nossos corpos astrais. Despertam e estimulam a natureza emotiva. Realçam nossas intuições psíquicas e respostas emocionais. As energias da criação e do nascimento, assim como a premonição e imaginação criativa, pertencem a seu domínio. Também nos ajudam a absorver, digerir e assimilar as experiências da vida para que façamos pleno uso delas. Além disso, é graças a elas que sentimos o profundo êxtase presente nos atos vitais criativos, seja de natureza sexual, artística ou até no cumprimento dos deveres com o toque emocional adequado.

As ondinas freqüentemente fazem sentir sua presença no plano onírico. Sonhos em ambientes aquáticos ou que transbordam sensualidade espelham a sua atividade permitindo um aumento da criatividade em nossas vidas. O trabalho com elas nos ajuda a controlar e direcionar a atividade onírica, bem como a fortalecer o corpo astral, possibilitando vivências mais nítidas e conscientes durante viagens aos planos astrais. Uma Ondina em particular nos acompanha ao longo de toda a vida. A sintonia com ela possibilita o contato com outros seres de seu elemento. Esse nosso Elemental pessoal da água desempenha funções importantes no tocante à circulação dos fluidos corporais, tais como o sangue e a linfa. As enfermidades sanguíneas contaminam as ondinas, e atam-nas, contra sua vontade, ao karma e aos efeitos indesejáveis da enfermidade.
Sempre que abusamos de nossos corpos, abusamos também das ondinas, pois, uma vez designadas para acompanhar um ser humano, são obrigadas a sentir esses efeitos negativos, inclusive porque dependem de nós para o seu crescimento e só evoluem à medida que também o fazemos.

A conexão insatisfatória com nossa Ondina pessoal e demais seres do reino das águas gera distúrbios psicológicos, emocionais e até psíquicos. A compaixão faz-se ausente. Deixamos de confiar em nossa intuição e desenvolvemos um medo desenfreado da dor. Pode não acarretar a total perda da sensibilidade, mas no fará parecer frios aos olhos alheios. A falta de simpatia, de empatia e de amor à vida invariavelmente refletem falta de entrosamento com as ondinas demais espíritos desse elemento, os quais dirigem nossa atividade emocional. A ruptura com esse equilíbrio harmônico aumenta a presença de toxinas no organismo, pois o elemento água já não flui livremente para desempenhar sua função purificadora.

Por outro lado, uma ligação exagerada com tais elementais pode nos afogar emocionalmente, tornando-nos contraditórios nos sentimentos. A retenção de água no organismo é um bom indício físico de que isto está acontecendo. Quando tal ocorre, passamos a maior parte do tempo concentrados em nossos pensamentos. A imaginação torna-se pronunciadíssima e evidencia-se nas ações uma tendência ao extremismo. O excesso do elemento água nos torna compulsivamente passional, além de gerar exagerada sensualidade, medo e isolamento. Passamos a dedicar grande parte do tempo a anseios e delírios emocionais, em detrimento de ações concretas. Disso resulta uma acentuada sensação de vulnerabilidade.

Por intermédio de nossa Ondina pessoal, entramos em contato com os sentimentos e emoções mais profundas do nosso ser e despertamos para a unicidade da criação. Elas nutrem nossa capacidade de sustento e suprimento, e descortinam diante de nós um vasto oceano emocional onde podemos encontrar compaixão curativa e intuição. Em razão de sua natureza fluídica, a melhor maneira de controlar as ondinas é por meio da firmeza.
As ondinas são os elementais da água, segundo o Tratado sobre os Espíritos Elementais, de 1566, do médico e alquimista Paracelso.
As ondinas são imaginadas com as características sedutoras das nixes do folclore alemão e também de outros espíritos d'água do folclore europeu, como asjanas portuguesas e espanholas. Em português, a palavra a palavra "Ondina" é freqüentemente usada como tradução para o alemão nixe. Assim, os contos dos irmãos Grimm Die Wassernixe e Die Nixe im Teich são geralmente traduzido como A Ondina e A Ondina do Lago (título também de um poema e uma antologia do português Teófilo Braga, de 1866).
Em Ondina (no original, Undine), romance fantástico de 1811 do alemão Friedrich de la Motte Fouqué, uma dessas entidades se casa com um cavaleiro e assim ganha uma alma, mas o marido a abandona por outra mulher. A Ondina volta à água, mas no casamento do marido com a segunda esposa, reaparece e tira-lhe a vida com um beijo.
Em outras versões, a Ondina sacrifica a imortalidade para se casar com um cavaleiro e dar-lhe um filho, mas então envelhece e encontra o marido adormecido no estábulo com uma amante. Ela então o acorda e amaldiçoa - continuará a respirar enquanto estiver acordado, mas morrerá quando voltar a dormir.
Por causa dessa lenda, uma forma de apnéia noturna - síndrome que priva certas pessoas de respiração durante o sono - é também conhecida como "maldição de Ondina".
Além disso, a palavra "Undinismo" foi cunhada pelo sexólogo Havelock Ellis como eufemismo para o fetiche por urina. Nesse sentido, é sinônimo de urofilia.
Assim como os gnomos estão limitados em sua função aos elementos da terra, as Ondinas, os elementais da água, funcionam na essência invisível e espiritual chamada éter úmido.
A beleza parece ser uma característica comum dos espíritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e na escultura, são sempre cheias de graça e simetria. Controlando o elemento água - que sempre foi um símbolo feminino - é natural que os espíritos da água sejam com mais freqüência simbolizados como fêmeas.
Existem muitos grupos de Ondinas. Algumas habitam cataratas, onde podem ser vistas entre os vapores; outras têm o seu habitat nos pântanos, charcos e brejos, entretanto outras, ainda, vivem em lagos de montanha. Em geral quase todas as ondinas se parecem com seres humanos na forma e tamanho, embora aquelas que habitamos rios e fontes tenham proporções menores. Normalmente elas vivem em cavernas de corais ou nos juncais à margem dos rios ou das praias.
As Ondinas servem e amam sua rainha, Necksa. Elas são antes de tudo seres emocionais, amigáveis para com a vida humana e que gostam de servir à humanidade. Às vezes são representadas cavalgando golfinhos marinhos e outros peixes grandes, e parecem ter um amor especial pelas flores e plantas, às quais servem de maneira tão devotada e inteligente quanto os gnomos.
Os antigos poetas diziam que as canções das ondinas eram ouvidas no vento oeste e que suas vidas eram consagradas ao embelezamento da Terra material. Esta Invocação deverá ser feita, com os pés descalços, em direção ao Norte e próximo de água corrente ou com uma vasilha de água fresca e cristalina:

 “Eu vos saúdo, Ondinas, Que constituís a representação do elemento Água; Conserve a pureza da minha alma, como o Elemento mais precioso, da minha vida e do meu organismo. Fazei-me pleno de sua criação fecunda, e dai-me sempre intuição de forma nobre e correta. Mestres da Água, eu vos saúdo fraternalmente.” 

Com esta Invocação, pode-se obter amor, intuição, sensibilidade e tudo aquilo que a água pode nos dar.

Elementais das Águas – ondinas, sereias e ninfas

O elemento da Água está relacionado com o corpo emocional, e de sua depuração resulta a pureza deste corpo. No plano físico, é um grande agente de limpeza e um dos muitos fatores necessários para contrabalançar as condições da atmosfera e da produção agrícola. Sua atividade destrutiva é demonstrada em enchentes, furacões e afogamentos, nos quais perecem homens e animais.

Os elementais das águas são as ondinas, sereias e ninfas, riachos, fontes, orvalho, água, energia, lumonosidade, homem, facho de luz, sereias, peixe, mulher, (tritons, naiades).

Ondinas – Vivem nos riachos, nas fontes, no orvalho das folhas sobre as águas e nos musgos. É reconhecida por terem o poder de retirar das águas a energia suficiente p/ a sua luminosidade o que permite ao homem, por muitas vezes, percebê-los em forma de um leve “facho de luz”.

Sereias – São elementais conhecidos como metade mulher e metade peixe, delicados e sutis, com o poder de encantar e hipnotizar o homem com seu canto.

Ninfas – São elementais que se assemelham às ondinas, porém um pouco menores e de água doce. Apresentam-se geralmente com tons azulados, e como as ondinas maiores, emitem suas vibrações através de sua luminosidade. A diferença básica entre uma e outra, encontra-se na docilidade e beleza das ninfas, que parecem “voar” levitando sobre as águas em um balé singular.

Assim como os gnomos estão limitados em sua função aos Elementos da terra, as Ondinas, os elementais da água, funcionam na essência invisível e espiritual chamada éter úmido. A beleza parece ser uma característica comum dos espíritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e na escultura, são sempre cheias de graça e simetria.

Controlando o elemento água – que sempre foi um símbolo feminino – é natural que os espíritos da água sejam com mais freqüência simbolizados como fêmeas. Existem muitos grupos de Ondinas. Algumas habitam cataratas, onde podem ser vistas entre os vapores; algumas vivem nos riachos, nas fontes, no orvalho das folhas sobre as águas e nos musgos; outras têm o seu habitat nos pântanos, charcos e brejos, entretanto outras, ainda, vivem em lagos de montanha. 
Em geral quase todas as ondinas se parecem com seres humanos na forma e tamanho, embora aquelas que habitam os rios e fontes tenham proporções menores. Normalmente elas vivem em cavernas de corais ou nos juncais à margem dos rios ou das praias. As Ondinas servem e amam sua rainha, Necksa. Elas são antes de tudo seres emocionais, amigáveis para com a vida humana e que gostam de servir à humanidade. Às vezes são representadas cavalgando golfinhos marinhos e outros peixes grandes, e parecem ter um amor especial pelas flores e plantas, às quais servem de maneira tão devotada e inteligente quanto os gnomos. Os antigos poetas diziam que as canções das ondinas eram ouvidas no vento oeste e que suas vidas eram consagradas ao embelezamento da Terra material.

Oração das Ondinas:

Rei terrível do mar, vós que tendes as chaves das cataratas do céu e que encerrais as águas subterrâneas nas cavernas da terra; rei do dilúvio e das chuvas da primavera, a vós que abris as nascentes dos rios e das fontes, a vós que ordenais à umidade, que é como o sangue da terra, de tornar-se seiva das plantas, nós vos adoramos e vos invocamos.
A nós, vossas móveis e variáveis criaturas, falai-nos nas grandes comoções do mar e tremeremos diante de vós; falai-nos também no murmúrio das límpidas águas, e desejaremos o vosso amor.
Ó imensidade na qual vão perder-se todos os rios do ser, que sempre renascem em vós! 
Ó oceano das perfeições infinitas!
Altura que vos mirais na profundidade; profundidades que exalais na altura, levem-nos à verdadeira vida pela inteligência e pelo amor! 
Levai-nos à imortalidade pelo sacrifício, a fim de que sejamos considerados dignos de vos oferecer, um dia, a água, o sangue e as lágrimas, para remissão dos erros.

A MAGIA DA ÁGUA

A água é essencial para a germinação das sementes, por isso, elas são tradicionalmente utilizadas como símbolo do poder mágico deste elemento que está ligado às emoções e às questões afetivas em geral.
Este generoso elemento empresta seus dotes de ternura aos demais, amenizando o fervor necessário a um pedido destinado ao Fogo, ou abrandando a rigidez e sistemática de um ritual voltado a Terra e até mesmo incluindo prazer e fluidez a um ritual voltado ao intelectual elemento Ar.
Como todos sabem água é um exímio condutor de energia, mas isso não se resume somente a energia física, tátil, mas também a energia espiritual contidas em tudo que existe no universo, por isso é muito comum a presença de um recipiente com água em atos mágicos, pois este cria uma "ponte" entre o ser que executa, o universo e o objeto reivindicado durante o ritual.

CORRESPONDÊNCIAS DO ELEMENTO ÁGUA

PONTO CARDEAL: Oeste;
ELEMENTO: Água;
ELEMENTAIS: Ondinas, Sereias;
CORES: Azul ou Prata;
PERÍODO: Crepúsculo;
INCENSOS: Mirra e Rosas;
CHACKRA: Cardíaco;
USO RITUAL: Conquistar e manter boas amizades, Cura, Fertilidade, Amor, Casamento, Família, Bons Sonhos, Abrir e aumentar o canal da intuição e Purificação das emoções.

"Lembre-se, todo ser vivente tem sua natureza, sua índole e merece respeito! Nunca escravize um elemental! Sempre que resolver invocá-lo, seja pelo motivo que for, faça-o com respeito de preferência com propósitos que levem ao crescimento mútuo... Não faça ou deseje ao outro o que não quer para si mesmo".

Elementais da água

Esta classificação aplica-se a todos os seres associados ao elemento água e à sua força. Estão presentes nos lugares onde há uma fonte natural de água. A atividade das ondinas se manifesta em todas as águas do planeta, quer provenham de chuvas, rios, mares, oceanos, etc. Da mesma forma que os gnomos, estão sujeitas à mortalidade, mas sua longevidade e resistência são bem maiores. A água é a fonte da vida e estes seres são essenciais para nos auxiliar a encontrar a nascente interior. Despertam em nós os dons da empatia, da cura e da purificação. 
Muitas lendas sobre sereias, damas dos lagos e demais espíritos aquáticos sobreviveram até os nossos dias. Na realidade, trata-se de uma categoria mais evoluída de fadas que operam no interior do elemento, já que a natureza das ondinas é bem mais primária e menos desenvolvida. Os espíritos da água aparecem com maior freqüência sob forma feminina, mas formas masculinas como os tritões também estão presentes entre os espíritos mais evoluídos do elemento. 
As ondinas colaboram para a manutenção de nossos corpos astrais. Despertam e estimulam a natureza emotiva. Realçam nossas intuições psíquicas e respostas emocionais. As energias da criação e do nascimento, assim como a premonição e imaginação criativa,pertencem a seu domínio. 
Também nos ajudam a absorver, digerir e assimilar as experiências da vida para que façamos pleno uso delas. Além disso, é graças a elas que sentimos o profundo êxtase presente nos atos vitais criativos, seja de natureza sexual, artística ou até no cumprimento dos deveres com o toque emocional adequado. 
As ondinas freqüentemente fazem sentir sua presença no plano onírico. Sonhos em ambientes aquáticos ou que transbordam sensualidade espelham a sua atividade permitindo um aumento da criatividade em nossas vidas. O trabalho com elas nos ajuda a controlar e direcionar a atividade onírica, bem como a fortalecer o corpo astral, possibilitando vivências mais nítidas e conscientes durante viagens aos planos astrais. Uma Ondina em particular nos acompanha ao longo de toda a vida. 
A sintonia com ela possibilita o contato com outros seres de seu elemento. Esse nosso elemental pessoal da água desempenha funções importantes no tocante à circulação dos fluidos corporais, tais como o sangue e a linfa. 
As enfermidades sangüíneas contaminam as ondinas, e atam-nas, contra sua vontade, ao karma e aos efeitos indesejáveis da enfermidade. Sempre que abusamos de nossos corpos, abusamos também das ondinas, pois, uma vez designadas para acompanhar um ser humano, são obrigadas a sentir esses efeitos negativos, inclusive porque dependem de nós para o seu crescimento e só evoluem à medida que também o fazemos. A conexão insatisfatória com nossa Ondina pessoal e demais seres do reino das águas gera distúrbios psicológicos, emocionais e até psíquicos. 
A compaixão faz-se ausente. Deixamos de confiar em nossa intuição e desenvolvemos um medo desenfreado da dor. Pode não acarretar a total perda da sensibilidade, mas no fará parecer frios aos olhos alheios. 
A falta de simpatia, de empatia e de amor à vida invariavelmente refletem falta de entrosamento com as ondinas e demais espíritos desse elemento, os quais dirigem nossa atividade emocional. A ruptura com esse equilíbrio harmônico aumenta a presença de toxinas no organismo, pois o elemento água já não flui livremente para desempenhar sua função purificadora. Por outro lado, uma ligação exagerada com tais elementais pode nos afogar emocionalmente, tornando-nos contraditórios nos sentimentos. A retenção de água no organismo é um bom indício físico de que isto está acontecendo. 
Quando tal ocorre, passamos a maior parte do tempo concentrados em nossos pensamentos. A imaginação torna-se pronunciadíssima e evidencia-se nas ações uma tendência ao extremismo. O excesso do elemento água nos torna compulsivamente passional, além de gerar exagerada sensualidade, medo e isolamento. Passamos a dedicar grande parte do tempo a anseios e delírios emocionais, em detrimento de ações concretas. Disso resulta uma acentuada sensação de vulnerabilidade. Por intermédio de nossa Ondina pessoal, entramos em contato com os sentimentos e emoções mais profundas do nosso ser e despertamos para a unicidade da criação. Elas nutrem nossa capacidade de sustento e suprimento, e descortinam diante de nós um vasto oceano emocional onde podemos encontrar compaixão curativa e intuição. Em razão de sua natureza fluídica, a melhor maneira de controlar as ondinas é por meio da firmeza. Além de dominar os rios, mares e lagos, as ondinas ou elementais da Água trabalham com as essências e líquidos vitais existentes em plantas, animais e seres humanos. 
Algumas habitam as cascatas e podem ser vistas totalmente imóveis em meio à corrente ou saltando alegremente na espuma produzida pelas quedas d’água. Há as que dominam os rios e lagos, e as que preferem os pântanos e lodaçais para estabelecer sua morada. Mas, seja qual for o lugar onde vivem, as ondinas são sempre muito bonitas e sentem uma grande simpatia pelo ser humano. 
Certas lendas afirmam até que elas podem viver algum tempo entre os homens, embora acabem sempre cedendo ao chamado das águas e retornando para os rios ou para o mar. Aliás, muitas ondinas têm urna estatura semelhante a dos humanos, como as sereias citadas nas lendas de vários países. 
Mas há também ondinas menores, como as que habitam riachos e fontes, e outras muito diminutas, que vivem nas folhas flutuantes dos lírios e em minúsculas casas feitas nos musgos criados pelas quedas d’água. São os seguintes os tipos mais conhecidos de ondinas: 
Sereias. Uma das figuras que mais influenciaram a mitologia, as sereias têm um aspecto bem conhecido: metade do corpo lembra uma mulher, metade lembra um peixe. Algumas se enfeitam com grinaldas luminosas e gostam de cantar um canto suave e lírico. 
Dama Branca. Uma das ondinas mais admiradas pelos estudiosos dos elementais, essa Ondina aparece como urna mulher esguia e bela, envolta por um vestido longo e diáfano, e de estatura semelhante a dos humanos. 
Bebês-D'Água. Esse é um tipo muito curioso de Ondina, os bebês-d’água têm esse nome porque realmente parecem bebês gordos e rechonchudos. Essas ondinas especiais têm o poder de recarregar nossas energias.

Invocação às Ondinas: 
Eu vos saúdo, Ondinas, Que constituis a representação do elemento água, Conservai a pureza da minha alma, Como o elemento mais precioso, da minha vida e do meu organismo. Fazei-me pleno de sua criação fecunda, E dai-me sempre intuição de forma nobre e correta. Mestres da água, Eu vos saúdo fraternalmente.

01 setembro, 2011

Projeto que obriga bíblias em escolas públicas gera opiniões diversas



De autoria do vereador da bancada evangélica, Marcel Alexandre, o projeto poderá reacender uma discussão antiga entre os defensores do Estado Laico e líderes de religiões.

Manaus - Tramita na Câmara Municipal de Manaus o Projeto de Lei (PL) 154/2011, que estabelece aos espaços públicos, inclui-se ai bibliotecas e salas de leitura de escolas, que possuam no mínimo um exemplar da Bíblia. De autoria do vereador da bancada evangélica, Marcel Alexandre (PMDB), o projeto poderá reacender uma discussão antiga entre os defensores do Estado Laico e líderes de manifestações religiosas, ditas 'dominantes'.


Baseado em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicada no último dia 24 de agosto, que aponta 67,68% (2,233 milhões de pessoas) da população Amazonense de católicos, e outros 26,50% (874 mil pessoas) de evangélicos, o vereador acredita que o projeto deverá incluir estas duas vertentes do cristianismo que se assemelham. Porém, parlamentar não fala nada em relação à religiões afro-brasileiras, orientais e espiritualistas.


"Reconheço que o Estado é Laico, mas por outro lado, é democrático e também percebo a falta de referências que a sociedade tem sofrido. O uso da Bíblia nesse sentido não é sob o caráter religioso, mas sim cultural. Como país que mais fabrica bíblias e exporta para mais de 105 outros países de língua portuguesa, é uma possibilidade de divulgar a língua do país", justifica Marcel Alexandre.


Ainda nas mãos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o PL ainda deverá passar pelas comissões de Educação e de Finanças e Economia, antes de ser votado pelos vereadores. De acordo com o presidente da CCJ, vereador Mário Frota (PDT), o projeto ainda não foi discutido pela comissão, mas não deverá encontrar impedimentos desde que não obrigue às escolas o ensino religioso. "Mas se pedir apenas que haja um exemplar da Bíblia, assim como poderia ser outro livro qualquer, como o Alcorão, ou os livros de Alan Kardec, para mim não há problema. É uma questão cultural", adianta Mário Frota.


Sociedade Laica


Nas escolas de todo país, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em seu artigo 33 - Lei no. 9.394/96, com redação dada pela Lei no. 9475/97 - que trata sobre o Ensino Religioso nas escolas - diz que o ensino religiosos é de cunho facultativo, deve possuir "respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Por outro lado, deixa aberto para que as Secretarias Estaduais de Educação e Conselhos Estaduais de Educação de cada estado façam suas regulamentações respeitando a diversidade de cada região.


É justamente quando começarem a ocorrer as audiências públicas para tratarem do projeto é que as questões mais delicadas deverão ser discutirdas, principalmente no que diz respeito às demais manifestações religiosas. É o que pensa a diretora da Escola Municipal Cândido Onório Ferreira, Profa. Elizabeth Brandão, no bairro do Alvorada. "Há muito tempo não possuímos mais o ensino religioso obrigatório na grade da escola. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) orienta que devemos tratar temas que discutam valores éticos e morais com uma amplitude maior junto à sociedade, sem fazer ligação com determinada religião", comenta.


Pais concordam


Por outro lado, para alguns pais de alunos, a aprovação do PL 154/2011, pode ser uma possibilidade de retorno do ensino religioso nas escolas. "Acho sinceramente uma ótima ideia. Não importa a religião da pessoa, se crente, evangélico, católico ou candomblé, não importa. A Bíblia serve para todos", defende a dona de casa católica, Rose Carvalho, 38, mãe de duas meninas que estudam no ensino fundamental da rede pública.


Para a evangélica, Ana Rita dos Santos, 39, mãe de dois estudantes de ensino fundamental, o que deve existir, independente de livros religiosos, é o respeito ao próximo, apesar de defender a inclusão da Bíblia nas escolas. "É importante na medida que ajuda na formação do caráter dessas crianças. É uma leitura que procura ensinar valores familiares e de respeito", disse.


Outras Religiões


Para a coordenador geral da Coordenação Amazônica da Religião de Matriz Africana e Ameríndia (Carma), Alberto Jorge, a posição de presidente da CCJ, vereador Mário Frota, de não criar dificuldade para a tramitação do projeto, é encarada como de um 'inocente útil'.


"A fala do vereador, é de um inocente útil, porque ele não está vendo a manobra por trás da ação de uma bancada evangélica", disse. Para Alberto Jorge, a criação de projetos que pregam a segregação e não observam a laicidade do Estado devem ser combatidas e faz duras críticas ao que chama de 'cadeia penosa de voto de cabresto evangélico'


"Esse é o expediente utilizado pelas igrejas evangélicas que obrigam seus adeptos a votar em políticos sob o risco de morrerem no inferno. Utilizam o voto de cabresto. E isso deve ser encarado como crime pelo Superior Tribunal Eleitoral (STE)", afirma.


Alberto Jorge usa como exemplo a queda do projeto do 'Parque dos Orixás', que pretendia criar espaço público para as manifestações religiosas da Umbanda e do Candomblé em Manaus. Em 2006, o projeto foi derrubado pelo vereador Amauri Colares (PSC), "sob a justificativa de que iria onerar o município por uma questão religiosa. Agora querem fazer novo projeto, exigindo Bíblias nas escolas. Quem vai pagar? O município, claro. E como fica a justificativa anterior?", relembra Alberto.


Se aprovado, o projeto irá multar em 500 Unidades Fiscais do Município (UFM) a escola que descumprir a Lei. E se for reincidente, a multa é duplicada. Ainda não existe estimativa de gasto com a compra das Bíblias, nem qual edição do livro será usado. "O PL passará pela Comissão de Finança, e ainda será estimado o valor. Quanto à edição, vamos procurar um estudo que aponte a mais utilizada e usaremos essa", disse Marcel Alexandre.


22 agosto, 2011

Oração antes da aula leva pais a travar ‘guerra santa’ no DF


Uma “guerra santa” foi travada entre os pais das 180 crianças de 4 e 5 anos que estudam no Jardim de Infância da 404 Norte, na região central de Brasília. Uma oração feita pelos alunos diariamente, antes do início das aulas, é o principal motivo da discórdia. De um lado está um grupo de pais que pede a exclusão de referências religiosas das atividades escolares. Do outro, os que apoiam o ritual diário e consideram que a direção da escola está sendo perseguida.
A discussão teve início quando uma denúncia sobre o assunto foi encaminhada à Ouvidoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Todos os dias antes das aulas os alunos se reúnem no pátio da escola para o momento chamado de acolhida. Nessa hora, são estimulados a fazer uma “oração espontânea”, como define a diretora Rosimara Albuquerque. A cada dia, crianças de uma turma ficam responsáveis por fazer os agradecimentos a Deus ou ao “Papai do Céu”. “Pode agradecer pelo parquinho, pelos colegas. Mas houve um questionamento por parte dos pais para que fosse um momento de acolhida um pouco mais amplo já que algumas famílias não comungam dessa religião, que seria basicamente cristã”, conta Rosimara, que está à frente da escola há seis anos.
Para a radialista Eliane Carvalho, integrante da Associação de Pais e Mestres do colégio, a escola está ultrapassando os limites permitidos pela legislação. Ela e outros pais que protestam contra essas atividades se apoiam no princípio constitucional da laicidade para pedir que práticas de cunho religioso fiquem de fora do ambiente escolar. Além do momento da acolhida, ela conta que notou outros sinais de violação, a partir de informações que o filho de 4 anos levava para casa.
“Não posso dizer que existem dentro da sala de aula práticas religiosas. Mas meu filho não aprendeu em casa a orar em nome de Jesus. Um dia ele me disse que o telefone para falar com Jesus era dobrar o joelho no chão”, relata Eliane.
Em resposta à denúncia, um grupo maior de pais organizou um abaixo-assinado a favor da escola e da oração no início das aulas. Alguns alegam que a diretora está sendo perseguida por ser católica e atuante em grupos religiosos. “A forma como eles professores e direção estão atuando não é nada abusiva ou direcionada a uma crença específica. Eles colocam a palavra de Deus, como entidade superior, e agradecem à família. São só coisas boas, frutos bons. Quem está incomodado é uma minoria”, defende Thiago Meirelles, que é católico e pai de um aluno.
Para Carolina Castro, mãe de outro estudante, a intenção da escola é positiva e busca a socialização. “Não acho que eles estejam tratando de religião em si, mas passando uma noção de agradecimento do que é precioso na vida. Não acho que isso seja ensino religioso”, diz.
Eliane Carvalho lamenta que a discussão tenha ficado polarizada. “Não é uma discussão pessoal, mas de currículo. O grupo que fez o abaixo-assinado passou a nos ver como perseguidores de cristãos, hoje somos vistos como pessoas absurdas que não querem a palavra de Deus na escola. Todos têm o direito de fazer suas orações, mas eu questiono o fato de a escola aceitar uma prática que, para mim, se configura em arrebanhar fiéis”, diz.
O momento da acolhida é feito há 40 anos, desde que a escola foi fundada, e é comum também em outros colégios da rede. Na última semana a reza foi substituída por cantigas de roda e outras atividades. “Aí, sim, parecia uma escola, antes parecia uma igreja. Como pai que tem a obrigação de dar uma orientação religiosa à filha, não posso permitir que haja divergência. O mais triste é que, apesar de essas pessoas dizerem que estão pregando o amor e o respeito, elas não têm respeito nenhum pela minha liberdade de que não haja essa interferência religiosa”, diz Mafá Nogueira, pai de uma aluna.

Para resolver o problema, a escola vai convocar reuniões com pais, professores, funcionários e representantes da Secretaria de Educação. “Vamos discutir como a gente pode abordar a pluralidade e a diversidade sem agredir ninguém e que todos possam sair satisfeitos. Mas essa polêmica é salutar porque, na medida em que a gente ouve questionamentos de pais que pensam diferente, isso é saudável para o crescimento. Podemos adotar uma postura diferente, estruturada no que a comunidade pensa”, avalia a diretora Rosimara, que usava no pescoço um cordão com um crucifixo enquanto conversava com a reportagem da Agência Brasil.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que desconhece problemas semelhantes em outras escolas da rede e reiterou que orienta as unidades a seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que veda qualquer prática proselitista no ambiente escolar.

14 agosto, 2011

Casamento Wicca é realizado em Uberlândia


Um casamento cheio de rituais e magia. Uma cerimônia bem diferente do que se está acostumados a ver. Ontem (12), em Uberlândia, foi realizado o casamento de uma bruxa. O que pra muita gente não passa de brincadeira e curiosidade, para quem faz parte da religião Wicca é coisa muito séria. 

A noiva entra sozinha e emocionada. Nayara Rodrigues diz que o Deus dela é tudo e que ela está muito feliz. O noivo, Flaviano Ribeiro, não é adepto a nenhuma religião e diz que tudo é uma novidade para ele. 

Os padrinhos presenteiam os noivos com símbolos da natureza. A cerimônia é feita por bruxos sacerdotes. Os pretendentes são unidos por amarras. O grande ato é quando o punhal corta o vinho, que representa a fecundidade.
A noiva é uma bruxa e faz parte da religião Wicca. Mas para eles pagão tem um sentido diferente daquele a que o cristão está acostumado. “Pagãos eram pessoas que ficavam no campo que não iam para a cidade”, explica.

Os seguidores da Wicca fazem bruxarias, mas não com feitiços. Um dos princípios da religião é: tudo o que você faz, volta triplicado para você. Seja o bem ou o mal. E tem outro: faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar. O casal não sai voando numa vassoura para lua de mel, mas pular sobre ela faz parte do ritual sagrado no fim do casamento. Atrai fertilidade.

02 agosto, 2011

Ísis

Eu concebi
Carreguei
E dei à luz a toda vida
Depois de dar-lhe todo meu amor
Dei-lhe também meu amado Osíris
Senhor da vegetação
Deus dos cereais
Para ser ceifado
E nascer outra vez
Cuidei de você na doença
Fiz suas roupas
Observei seus primeiros passos
Estive com você até mesmo no final
Segurando sua mão
Para guiá-lo para a imortalidade
Você para mim é TUDO
E eu lhe dei TUDO
E para você eu fui TUDO
Eu sou sua Grande-Mãe, ÍSIS.

Ísis foi cultuada e adorada em inúmeros lugares, no Egito, no Império Romano, na Grécia e na Alemanha. Quando seu amado Osíris foi assassinado e desmembrado pelo seu irmão Set, que espalhou seus pedaços por todo o Egito, Ísis procurou-os e os juntou novamente. Ela achou todos eles, menos seu órgão sexual, que substitui por um membro de ouro. Através de magia e das artes de cura, Osíris volta à vida. Em seguida, ela concebe seu filho solar Hórus.
Os egípcios ainda mantêm um festival conhecido como a Noite da Lágrima. Tal festival tem sido preservado pelos árabes como o festival junino de Lelat-al-Nuktah.
                                 
Ísis, deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não deva haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.

Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotado de poderes tão grandes quanto às forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito todas as capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu oposto e tornar-se-ia excesso de mal.

Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.

O nome Ísis significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga. Isto corresponde à sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.

ÍSIS E OSÍRIS
(por Plutarco)

No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, deus da lua, e Ísis, a deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (+ ou - a 3000 da era cristã).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele. 
Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual se pensava, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Sey, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-o. Dizia-se que Set tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.

Set era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressurreição, correspondendo, talvez, à idéia católica do purgatório. Osíris era o deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Set era o Senhor.

Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da história caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.

Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide  da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.

Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.

A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partir para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".

Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Set, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-no e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".

Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.

Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Neftis e Osíris, que a levou até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que se tornou uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.

Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.

Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarté, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.
                    
Acabou tendo que se revelar para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa.  Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la  a trazer Osíris de volta à vida.

Set que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que obviamente referem-se aos catorze dias da lua.

Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que achasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de ”Faloforia“, que significa carregar o falo.
Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.

Osíris surgiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Set. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Set amarrado para sua mãe.
Este é o resumo do mito.

Os cerimoniais do Egito eram relacionados com esses acontecimentos. A morte de Osíris, interpretada todos os anos, bem como as perambulações de Ísis e suas lamentações, tinham um papel conspícuo. Os mistérios finais de sua ressurreição e a demonstração pública, em procissão, do emblema de seu poder, a imagem do falo, completavam o ritual. Era uma religião na qual a participação emocional da tristeza e alegria de Ísis tinha lugar proeminente. Posteriormente, tornou-se de fato uma das religiões nas quais a redenção era atingida através do êxtase emocional pelo qual o adorador sentia-se um com deus.
É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo acabou transformada na virgem maria com o menino jesus.

Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.

Esta deusa é também freqüentemente representada como uma deusa negra. Este fato está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris), quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também outro sentido. Plutarco declara que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele. Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".

No Solstício de Inverno, a deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual era um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.

ÍSIS E HÓRUS

Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a deusa do Egito, tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.

Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros tinham sido reunidos.  Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para que impeça a ação do répteis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio.

Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do deus da cura. A magia de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.

Ísis era invocada nas antigas escrituras como à senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. Ela era venerada como à senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.
À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome secreto do deus supremo. Ísis dispõe do poder mágico que Geb, o deus da Terra, lhe ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente, afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida, agredida, apela a Ísis, a da boca hábil, identificando com Hórus, que chama a mãe em seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranqüilizadora ao cuidar do filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande deusa.

Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de sermos donzela, mãe ou mulher madura.

O VÉU DE ÍSIS 
          
O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos cerimoniais religiosos.
O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. A idéia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.
Plutarco expressa essa idéia quando diz: "Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e idéias".
Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma idéia de véu da natureza que esconde a verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais antigo.


Salve, grande mãe, não foi descoberto teu nascimento!
Salve, grande deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!
Salve, grande divina, não foste aberta!
Ó abre teu traje.
Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.
Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.

O véu de Ísis tem também significados derivados. Diz-se que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em todos nós é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas freqüentemente consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso à teia de Ísis, acabaremos  encarando a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima fase de experiência. 
  
DANÇA DOS SETE VÉUS

A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Ísis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia a vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto à pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação. 

Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas. Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.

Significado das cores:

Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor.

Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira

Amarelo: libertação da ambição e do materialismo.

Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico.

Azul: encontro da serenidade.

Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade.

Branco: pureza, encontro da Luz

Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e sublime e alcançará o êxtase ao dançar.

Dançar é minha prece mais pura.
Momento em que meu corpo vislumbra o divino,
Em que meus pés tocam o real.
Religiosidade despida de exageros,
Desejo lascivo, bordado de plenitude.
Através de meus movimentos posso chegar ao inatingível.
Posso sentir por todos os corpos,
Abraçar com todo
o coração,
E amar com os olhos.
Cada gesto significativo desenha no espaço o infinito,
Pairando no ar, compreensão e admiração.
Iniciar uma prece é como abrir uma porta
Um convite a você, para entrar em meu universo.
O mágico contorna minha silhueta, ao mesmo tempo.
Que lhe toco sem tocar.
Nada a observar, só a participar.
Esta prece ausente de palavras.
É codificada pela alma.
E faz-nos interagir, de maneira sublime e hipnótica.
Quando eu terminar esta dança,
Estarei certa de que não seremos os mesmos.