06 abril, 2011

Cibele, Magna Mater

Nos tempos dos gregos e romanos, Cibele era chamada de A Mãe dos Deuses. O grande Sófocles a chamava de a Mãe de Tudo.
Seu culto teve início na Anatólia Ocidental e na Frigia, onde era conhecida como "A Senhora do Monte Ida".
A montanha, a caverna, os pilares de rocha e rochedo, são locais luminosos, de uma vitalidade pré-orgânica, que foram vivenciados em participação mística com a Grande Mãe, na qualidade de trono, assento, moradia, e como encarnação da própria Deusa.
Cibele era a deusa dos mortos, da fertilidade, da vida selvagem, da agricultura e da Caçada Mística. Tamboretes, pratos e tambores eram utilizados em seus rituais. Uma estátua grega mostra a deusa sentada em um trono e ladeada de leões. Era representada como uma mulher madura, com grandes seios, coroada com espigas de trigo, vestida com flores e folhas e carregando várias chaves. Os romanos decoravam suas estátuas com rosas. O culto de Cibele tornou-se tão popular que o senado romano, a despeito de sua política permanente de tolerância religiosa, se vira obrigado, em defesa do próprio Estado, a por cabo à observância dos rituais da deusa-mãe.
O templo de Cibele, em Roma, foi transformado pela Igreja Católica na atual Basílica de São Pedro, no século IV, quando uma seita de cristãos montanheses, que ainda veneravam Cibele e admitiam mulheres como sacerdotes, foi declarada herética, sendo abolida e seus seguidores queimados vivos.


Cibele possuía seus próprios Mistérios sagrados, do mesmo modo que as deusas Perséfone e Deméter. Suas cerimônias eram celebradas à noite, pois ela era a Rainha da Noite. Era também conhecida por possuir uma profunda sabedoria a qual compartilhava apenas com seus seguidores legítimos.
Homens emasculados dedicados ao seu culto eram considerados encarnações de seu filho Átis, um deus lunar que usava a lua crescente como uma coroa de uma maneira muito própria, sendo tanto filho como amante de sua mãe Cibele, a deusa da Lua.
O Mito de Átis relata que ele estava para se casar com a filha do rei, quando sua mãe, estando apaixonada por ele, tornou-o louco. Átis, na loucura, ou no êxtase, castrou-se diante da Grande Deusa. Anualmente, em um culto que data de 900 a.C., em 24 de março é celebrada a tristeza de Cibele por seu filho. O pranto por Átis lembra a tristeza de Istar por Tamuz e a de Afrodite por Adônis.
Mas no culto de Cibele foi dada grande proeminência a um elemento especial. O terceiro dia da festa era chamado "dies sanguinis". Nele a expressão emocional por Átis alcançava o máximo. Cantos e lamúrias misturavam-se, e o abandono emocional levava a um auge orgástico. Então, num frenesi religioso, os jovens começavam a se ferir com facas; alguns até executavam o sacrifício último, castrando-se frente à imagem da Deusa e jogando as partes ensangüentadas sobre sua estátua. Outros corriam sangrando pelas ruas e atiravam os órgãos em alguma casa por onde passassem. Esta casa era então obrigada a suprir o jovem com roupas de mulher, pois agora havia se tornado um sacerdote eunuco. Depois da castração usavam cabelos longos e vestiam-se com roupas femininas.
Neste rito sangrante, o lado escuro ou inferior da Grande-Deusa é claramente visto. Ela é verdadeiramente a Destruidora. Mas, muito estranhamente, seus poderes destrutivos parecem ser dirigidos quase que tão somente para os homens. Eles, quando escolhidos, precisavam sacrificar sua virilidade completamente e de uma vez por todas, num êxtase louco onde a dor e a emoção misturavam-se inextricavelmente. Mas...Como diziam os primitivos: "a Lua é destrutiva para os homens, mas é de natureza diferente para as mulheres, apresentando-se como sua patrona e protetora”.

31 março, 2011

Eostre, Deusa da Alvorada

Eostre era a Grande Deusa Mãe saxônica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e o Renascimento da Vegetação. Era conhecida pelos nomes: Ostare, Ostara, Ostern, Eostra, Eostur, Austron e Aysos.

Esta Deusa estava também associada a lebres, coelhos e ovos.
Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. Para ajudar o animalzinho transformou-o em uma lebre, mas a transformação não se processou completamente e o coelho permaneceu com a habilidade de colocar ovos. Como agradecimento por ter salvado sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre. A Deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, compartilhar sua alegria com todas as crianças do mundo. Criou-se assim, a tradição de se ofertar ovos decorados na Páscoa, costume vigente em nossos dias atuais.
Os ovos são símbolos de fertilidade e vida. Uma tradição antiga dizia que se deveriam pintar os ovos com símbolos equivalentes aos nossos desejos. Mas, sempre um dos ovos deveria ser enterrado, como presente para a Mãe Terra.
A Lebre da Páscoa era o animal sagrado da nossa deusa teutónica da Primavera, Eostre, a Deusa Lunar que dava fertilidade a terra e tinha cabeça de Lebre. A palavra inglesa para Páscoa, Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar. O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera, ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.
A Lebre, que é o animal sagrado da deusa da Primavera, é assim, por isso, um símbolo de fertilidade, de renovação e do regresso da Primavera.
Dizia-se, no século XVIII (e ainda hoje em algumas regiões), que quem comesse carne de lebre seria belo durante sete dias. Nos Vosges, era necessário comê-la durante sete dias seguidos.
Eoster também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher orvalho para banhar-se em rituais. Acreditava-se que o orvalho colhido nesta época do ano estava impregnado com as energias da purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.

30 março, 2011

Atena, o nascimento de uma Deusa


Atena era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos. Atena era uma Deusa virgem, dedicada à castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.
Contradizendo com seu papel como uma Deusa que presidia às estratégias da batalha na época de guerra e às artes domésticas em tempo de paz, Atena era também apresentada com uma lança em uma das mãos e uma tigela ou roca na outra.

Era protetora das cidades das cidades, das forças militares, e Deusa das tecelãs, ourives, oleiras e costureiras. Atena foi creditada pelos gregos ao dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, ao inspirar os construtores de navios em sua habilidade, e ao ensinar as pessoas a fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi seu presente especial a Atenas, um presente que produziu o cultivo das azeitonas.
A Deusa Atena foi retratada com uma coruja, ave associada à sabedoria e de olhos proeminentes, duas de suas características. Cobras entrelaçadas eram apresentadas como um modelo no debrum de sua capa e escudo.
Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.
As habilidades bélicas domésticas associadas com Atena envolvem planejamento e execução, atividades que requerem pensamento intencional e inteligente. A estratégica, o aspecto prático e resultados tangíveis são indicações de qualidades e legitimidade de sua sabedoria própria. Atenas valoriza o pensamento racional e é pelo domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. Sua vitalidade é encontrada na cidade. Para Atena, a selva deve ser subjugada e dominada.
Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina às mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de evitá-los.
Era na cidade de Atenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Parthenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.

Habitualmente, considerava-se Atena e Palas como a mesma divindade. Os gregos até juntaram os dois nomes: Palas - Atena. Entretanto, muitos poetas afirmaram que essas duas divindades não poderiam ser confundidas. Palas, chamada Tritônia, de olhos verdes, filha de Tritão, fora encarregada da educação de Atena. Ambas se apraziam nos exercícios das armas.
Certa vez, conta-se que elas se desafiaram. Atena teria saído ferida se Zeus não tivesse colocado a égide diante de sua filha; Palas ao ver tal ficou aterrorizada, e enquanto recuava olhando para a égide, Atena feriu-a mortalmente. Veio-lhe depois um profundo sentimento de culpa e para se consolar fez esculpir uma imagem de Palas, tendo a égide sobre o peito. Consta que é essa imagem ou estátua que mais tarde ficou sendo o famoso Paládio de Tróia.
NASCIMENTO MITOLÓGICO

Zeus ingere sua primeira esposa, Métis (que estava grávida), uma Titã, na esperança de prevenir o nascimento de um futuro rival. Mas esse ato de integração tem uma conseqüência imprevista: um dia, Zeus tem uma dor de cabeça lancinante e logo dá à luz, pela cabeça, o feto que estava no útero de sua primeira esposa. A criança que nasce já madura da cabeça do pai é Atena, a filha consumada do pai.
A Deusa não conheceu sua mãe, Métis.
Esse mito é o maior testemunho do momento histórico em o patriarcado se impõe sobre a ordem anterior (matriarcado).
Entretanto, conforme o mito vai se desenrolando, Atena torna-se uma boa companheira para seu pai e uma das mais íntimas conselheiras.
Essa história nos conta, especificamente, de como a consciência lunar desenvolve-se dentro da solar, dominante. É Atena que introduz na psique dominada por Zeus um elemento de interioridade reflexiva que suaviza o elemento opiniático-recriminador da posição solar dominante.
Leia também um artigo interessante: O nascimento de Palas-Athena, de Luciene Félix

24 março, 2011

"Bruxas" mortas à pedrada em África

Uma mulher sul-africana, de 26 anos, e a sua avó, de 81 anos, foram apedrejadas até à morte por um gangue de adolescentes que as acusavam de bruxaria, numa aldeia da província de Limpopo, no norte da África do Sul.



Segundo as autoridades policiais, a inveja poderá estar na origem do crime, já que a jovem estava a subir na vida num momento em que os outros habitantes locais passavam dificuldades.

No entanto, os elementos do grupo que matou as duas mulheres consideravam-nas «bruxas». Note-se que a bruxaria é uma crença muito difundida na cultura africana, que muitas vezes é associada à infelicidade e à má sorte de um povo.

As mulheres foram retiradas das suas casas, levadas para longe, mortas por apedrejamento e os seus corpos repostos na sua habitação, que foi incendiada.

Sorte diferente teve o filho da jovem, de 12 anos, que conseguiu fugir.
 

20 março, 2011

Lua Cheia e Grande!

É Hoje!
Alguns podem até dizer que a Lua cheia é sempre igual. Em parte isso é verdade, mas a Lua cheia do próximo sábado, 19 de março, terá algo de especial. Ela se parecerá bem maior que o de costume e apesar de não ser possível ver a marca da bota de Neil Armstrong deixada lá em 1969, o espetáculo é único e vale a pena dar uma olhada. 
O motivo da Lua aparentar ser maior neste sábado (e domingo também) não é nenhuma ilusão de ótica. Isso vai acontecer por que nosso satélite estará pelo menos 50 mil quilômetros mais perto de nós.
Isso acontece porque a Lua não gira ao redor da Terra em um círculo perfeito e sim em uma elipse achatada. Isso faz com que o astro ora fique mais perto, ora mais longe da Terra.
No sábado a Lua estará no ponto mais próximo, chamado perigeu. Isso resultará em um disco 14% maior e 30% mais brilhante do que o se estivesse no apogeu, o ponto mais distante da órbita. Quando isso acontecer a Lua estará a exatos 356.577 km de distância da Terra. 
Além da aproximação da Lua, uma interessante coincidência também marcará o evento. Cerca de uma hora depois de atingir o perigeu, a Lua entrará na fase Cheia, coincidência que ocorre uma vez a cada 18 anos. 
Marés
Durante o período de maior aproximação são observadas as conhecidas marés de perigeu, quando a atração gravitacional da Lua "puxa" as águas do oceano alguns centímetros a mais que o normal. Dependendo da geografia local esse efeito pode produzir elevações oceânicas que em alguns casos chegam a 15 centímetros, provocando algumas instabilidades.

23 fevereiro, 2011

Igreja Católica da Inglaterra pretende converter bruxas

Um guia sobre como converter bruxas ao cristianismo está sendo publicado pela Igreja Católica Romana na Inglaterra.
O movimento vem em resposta ao temor de que um número crescente de adolescentes esteja sendo atraído para a Wicca, práticas ocultas e paganismo pela descrição heróica das bruxas no entretenimento, incluindo a TV e os filmes de Harry Potter e Aprendiz de Feiticeiro.
A cartilha, chamada Wicca and Witchcraft: Understanding the Dangers (Wicca e Bruxaria: Compreendendo os perigos), oferece aconselhamento aos pais sobre o que fazer se um dos seus filhos tem interesse em feitiçaria.
Ela também instrui sobre "como evangelizar uma bruxa", os leitores devem encontrar uma pessoa em seu círculo de amigos ou no pub local.
O guia, publicado pela Catholic Truth Society, editores do Reino Unido junto a Santa Sé, foi escrito por Elizabeth Dodd, uma ex-Wiccan de Oxford que se converteu à fé católica.
Ela disse que quase 70 por cento dos praticantes da Wicca são mulheres jovens, que procuram algum tipo de espiritualidade.
Por trás do glamour existem "graves riscos" por causa de sua ligação com o ocultismo e o movimento sinistro defendido pelo satanista Aleister Crowley, disse ela.
Ela acrescentou: "O reconhecimento de que os wiccans estão em uma busca espiritual genuína pode fornecer o ponto de partida para um diálogo que pode levar a sua conversão".
Cerca de 7.000 dos 31.000 neo-pagãos se identificaram como Wiccans no censo de 2001, mas se acredita que seu número é muito maior.

01 fevereiro, 2011

O Mito da Fênix

A Fênix, é paixão, é fogo, é vitória, é o acordar todos os dias, sabendo que será uma luta, porque não adianta esperar, temos que buscar, essa sou eu.
A Fênix é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em autocombustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da Fênix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas.
A Fênix na tradição germânica é a deusa Gullweig.
Com penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a Fênix vivia quinhentos anos, outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a Fênix queimava-se numa pira funerária. A Fênix, após erguer-se das cinzas, levava os restos ao altar do deus Sol na cidade egípcia de Heliópolis. A vida longa da Fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Os gregos tinham semelhança com os egípcios que adoravam “benu”, uma ave sagrada semelhante à cegonha. O “benu”, assim como a Fênix, estava ligado aos rituais de adoração do Sol.
As duas aves somente representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.


A Fênix, o mais belo de todos os animais místicos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais, chegava a provocar a morte deles.

Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra. Mas das cinzas erguia-se então uma nova Fênix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia e o colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto.
Atualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. No cristianismo, a Fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição.

Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por Fênix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.
A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim..


Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.


Registros históricos



“Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro, renova e renasce dele mesmo – a Fênix da Assíria, que se alimenta não de sementes ou folhas verdes, mas de óleos de bálsamo e gotas de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em uma palmeira elevada; e as linhas do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensão de sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fênix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo reconstrói sua força ao poder de suportar seu próprio peso, levanta o ninho – o ninho que é berço seu e túmulo de seu pai – como imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol, e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o” -


A Fênix, símbolo de ressurreição

A Fênix representa a ave legendaria que vivia na Arábia. Segundo a tradição, era consumida por ação do fogo a cada 500 anos, e uma nova fênix surgia das suas cinzas.
Na mitologia egípcia, a ave fênix representava o Sol, que morria à noite e renascia pela manhã.

FENGHUANG: A LENDA CHINESA

O FENGHUANG é um pássaro mitológico que reina sobre todos os outros. Os machos são chamados de FENG e as fêmeas, HUANG. Nos tempos modernos, tal distinção de sexo não é mais feita e as duas denominações foram fundidas numa só para que o pássaro fosse levado em consideração como feminino, da mesma forma como é o dragão, que é essencialmente considerado masculino.
O fenghuang também é chamado de "galo celestial”, já que por vezes, toma o lugar do galo comum no horóscopo chinês.
Na região oeste da China é chamado de fênix e pássaro Ho-Oh. Diz-se que sua imagem faz parte do imaginário popular há mais de 7 mil anos.
Conta a lenda que a fênix nasceu do sol. Sua plumagem mistura todas as cores conhecidas e seu trinado é uma melodia de 5 notas. A ave banha-se apenas das águas puras que descem da montanha chamada Kunlum, uma das maiores cordilheiras da Ásia que se estende ao longo de mais de 3 mil Km.


Dizem que aonde a fênix vai as 360 variedades de pássaros se reúnem para lhe prestar homenagem. Assim como os demais animais que são considerados espirituais, a fênix possui em si ambos os sexos. A idéia de que a fênix nascia das cinzas, entretanto, não é dessa versão, mas sim do mito egípcio.

Hou-uo

Um pássaro sagrado para a entrega de boa sorte.
A partir dos tempos antigos, tem sido amado como uma ave considerada como um bom presságio. Hou-uo é o mais sagrados de todas as aves e é considerado como o rei de aves por causa de sua alta espiritualidade.
Um Hou-uo libera um fulgor dourado, a sua plumagem é decorada com cinco cores, seu pescoço é alongado como uma serpente, o seu corpo tem o dragão como os padrões e seu bico assemelha a de um galo.
A disseminação de suas asas exibe forçá-la a quem testemunhas. Sua graça divina significa voltar beleza. Os seus seios latejantes pregar a todos a fazer a coisa certa. O seu abdômen slim significa para a humanidade e de justiça e de aspecto elegante comandando a sua cauda desperta fé.
A primeira parte do seu nome “Hou” indica masculina e segunda metade “ou” indica feminino. Ambos os sexos masculino e feminino começam a sua vida espiritual como insetos e tornar-se sagradas aves após 360 dias.
Esta criatura sagrada nunca mata e muito menos comer insetos vivos. Ela só vive em árvores, o seu habitat natural, só come bambu e sementes.
No oeste do Oriente, a Hou-uo é chamado de Fênix e considerado como um símbolo da vida eterna.
“Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fênix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Heliópolis. É dito que a fênix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Arábia para o templo de Hélio (o Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz.” – “E a fênix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito por ele nas primaveras do Nilo. A história do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os últimos adicionam um toque a história, que a fênix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta canções de funeral para si” – Apolônio de Tiana

Calendário Lunar de 2001

Janeiro:
Jan 04 09:02 Lua Nova
Jan 12 11:31 Quarto Crescente
Jan 19 21:21 Lua Cheia
Jan 26 12:57 Quarto Minguante
Fevereiro:
Fev 03 02:30 Lua Nova
Fev 11 07:18 Quarto Crescente
Fev 18 08:35 Lua Cheia
Fev 24 23:26 Quarto Minguante
Março:
Mar 04 20:45 Lua Nova
Mar 12 23:44 Quarto Crescente
Mar 19 18:10 Lua Cheia
Mar 26 12:07 Quarto Minguante
Abril:
Abr 03 14:32 Lua Nova
Abr 11 12:05 Quarto Crescente
Abr 18 02:43 Lua Cheia
Abr 25 02:46 Quarto Minguante
Maio:
Mai 03 06:50 Lua Nova
Mai 10 20:32 Quarto Crescente
Mai 17 11:08 Lua Cheia
Mai 24 18:52 Quarto Minguante
Junho:
Jun 01 21:02 Lua Nova
Jun 09 02:10 Quarto Crescente
Jun 15 20:12 Eclipse total da Lua
Jun 23 11:48 Quarto Minguante
Julho:
Jul 01 08:53 Lua Nova
Jul 08 06:29 Quarto Crescente
Jul 15 06:39 Lua Cheia
Jul 23 05:01 Quarto Minguante
Jul 30 18:39 Lua Nova
Agosto:
Ago 06 11:08 Quarto Crescente
Ago 13 18:57 Lua Cheia
Ago 21 21:54 Quarto Minguante
Ago 29 03:04 Lua Nova
Setembro:
Set 04 17:39 Quarto Crescente
Set 12 09:26 Lua Cheia
Set 20 13:38 Quarto Minguante
Set 27 11:08 Lua Nova
Outubro:
Out 04 03:15 Quarto Crescente
Out 12 02:05 Lua Cheia
Out 20 03:30 Quarto Minguante
Out 26 19:55 Lua Nova
Novembro:
Nov 02 16:38 Quarto Crescente
Nov 10 20:16 Lua Cheia
Nov 18 15:09 Quarto Minguante
Nov 25 06:09 Lua Nova
Dezembro:
Dez 02 09:52 Quarto Crescente
Dez 10 14:31 Eclipse total da Lua
Dez 10 14:36 Lua Cheia
Dez 18 00:47 Quarto Minguante
Dez 24 18:06 Lua Nova