18 agosto, 2010

Queniano é preso na Tanzânia por tentar vender albino para bruxaria

A polícia da Tanzânia prendeu um queniano acusado de tentar negociar a venda de um homem albino. A prisão ocorreu após um policial fingir ser um negociante tentando comprar órgãos de pessoas albinas para serem usadas em rituais de feitiçaria.


A polícia diz que Nathan Mutei, de 28 anos, enganou o albino Robinson Mkwama, de 20 anos, prometendo um emprego na Tanzânia como assistente de motorista de caminhão.


Mas, na verdade, Mutei estava, segundo a polícia, buscando compradores para Robinson. Um negócio de mais de US$ 250 mil teria sido fechado com o policial que fingiu ser um comprador.


Mutei deve comparecer diante de um tribunal nesta quarta-feira, acusado de tráfico de pessoas.


Crimes

O correspondente da BBC para o leste africano, Will Ross, afirma que partes de corpos de albinos são usadas na Tanzânia por feiticeiros que dizem a seus clientes preparar poções que os tornariam mais ricos ou saudáveis.


Nos últimos três anos, mais de 50 albinos - entre crianças e adultos - foram mortos na Tanzânia. O governo prometeu combater este tipo de crime. Segundo Ross, no entanto, a Justiça no país é lenta e apenas sete pessoas foram condenadas até agora.


17 agosto, 2010

Coruja

A coruja conecta com todas as partes do ser, e permite vencer o temor e aprender a qualidade da consciência do existir e do fluir em todos os níveis.


A coruja trás como significado "o ver a totalidade", ou seja, ela, através da sabedoria, nos dá a possibilidade do ver as coisas na sua totalidade, o consciente e o inconsciente. Esse animal tem a capacidade de ver na escuridão, o que significa também ampliação dos limites da percepção. A coruja conecta com todas as partes do ser, e permite vencer o temor e aprender a qualidade da consciência do existir e do fluir em todos os níveis.


Os poderes da coruja são a clarividência, a projeção astral e a magia. Na essência, a coruja vê o que os outros não vêem, e pode ter mais percepções a respeito de outras pessoas do que de si mesma. Mas mesmo assim, o poder desse animal pode ser invocado para que a pessoa desperte a capacidade de olhar para si mesma, em busca de uma visão mais íntegra a respeito de si, ou de aspectos que ainda permanecem obscuros e precisam ser vistos.

Na tradição Guarani, o Grande Espírito, Pai-Mãe Criador, Ñamandu, manifestou-se na forma de um colibri e também na forma de uma coruja, criando a sabedoria.

Você sabe por que a coruja é o símbolo da Filosofia?

Filosofar é acima de tudo pensar soluções. A Filosofia pretende indicar um método de pensamento que seja realmente útil para os problemas sociais e individuais. Longe de ser um saber utópico, acessório e distante do mundo real, ela na verdade é predominante na nossa vida.


A disciplina pretende orientar o nosso pensamento para caminhos que nos levarão a solução de questões intrigantes e para formulação de novas perguntas. Soluções, nem sempre são encontradas instantaneamente e é aí que entra o pensador com sua vontade de pesquisar, a primeira condição para ser investigador da "origem das coisas".


Os livros são as primeiras fontes daquele que se predispõe a alcançar o saber. Não o saber pelo simples saber, mas, o conhecimento efetivo tem a característica de transformar a realidade indesejável. Mas, até essa transformação é necessário uma investigação criteriosa do problema.


Os pensadores deixaram para nós, homens modernos, uma herança de escritos. Nunca chegaremos ao futuro que esperamos e desejamos com tantas vantagens se não tivermos a sabedoria de conservar, conhecer e utilizar o que nos foi deixado.


Compete, pois a nós, hoje, edificarmos o futuro, para isso, o amor a sabedoria deve se fazer presente para que assim possamos trabalhar o Homem antes de qualquer outra coisa.


Um rapinante curioso e manso

De temperamento tímido, quietas e discretas, as corujas ficam mansas no cativeiro, principalmente se criadas desde filhotes. Pousam na mão do dono e aceitam alimentos dados por ele.


As corujas, mochos e caborés estão colocadas na ordem dos Strigiformes, rapinantes noturnos que chamam a atenção por causa da cabeça grande, aparentemente maior por causa da plumagem, grandes olhos fixos, posicionados para diante, à maneira do ser humano, ouvidos desenvolvidos que são mais aguçados que os das outras aves e plumagem macia, de penas fofas e soltas.


A cor da plumagem vai desde o branco amarelado até o preto, passando pelo cinza e pelo marrom. Estas cores têm a sua utilidade: ajudam no mimetismo, quando, de dia, a coruja se confunde com os troncos das árvores e dorme sossegada, invisível para os outros pássaros que a atacariam imediatamente se a vissem, pois a coruja ataca também a eles e aos seus filhotes.


As Strigiformes estão divididas em duas famílias e 126 espécies. Destas, 18 existem no Brasil. Estão espalhadas pelo mundo todo: há a coruja das neves, branca, que vive no Pólo Norte, e a coruja das Filipinas, que é pescadora. Entre nós, são mais populares a suindara ou coruja igrejeira, que gosta de nidificar nas torres de igreja ou em casas abandonadas; o caboré do campo ou coruja buraqueira, que aproveita os buracos de cupim para morar e nidificar; a coruja do mato, orelhuda, e o caboré.


No norte, a coruja é considerada, mais do que no sul, uma ave de mau agouro. Mas muita gente pensa diferentemente.


A divisão diurna da coruja é igual a dos outros pássaros: ao contrário do que se pensa, ela não é cega durante o dia. Ela tem um campo de visão maior que o das outras aves. Sua pupila se dilata para aproveitar ao máximo a luz, pois ela não enxerga melhor à noite.


Depois do entardecer a coruja sai à caça. Tudo o que se move e faz barulho chama sua atenção. Atacam outros pássaros, gafanhotos, grilos, ratos, camundongos, vive da caça. Na natureza é útil e necessária para o equilíbrio da ecologia: caça animais que são pragas nas plantações. Se colocada num silo de trigo, uma coruja sozinha acabará com todos os ratos que se aproximarem.


Seus inimigos mortais são os gaviões, as cobras, os gatos do mato. Mas apesar do seu ar parado, a coruja é muito esperta para escapar deles. E, além de esperta, atenta: ela tem uma particularidade interessante, é capaz de virar a cabeça num ângulo de 180º e de esticar o pescoço para cima. Sua cabeça não se move, mesmo que movamos o seu corpo, quando ela está prestando atenção a alguma coisa.


Hábitos e Cuidados

Vida média: espécies grandes, de 15 até 20 anos. As pequenas vivem menos, mas é difícil precisar quanto.


Porte: a maior coruja brasileira, o mocho orelhudo, tem 51 cm de altura; a menor, o caboré, tem 17 cm.


Higiene: as corujas não costumam tomar banho, pois se molhadas não podem voar, devido à densidade de suas penas. Mas às vezes gostam de ficar na chuva.


Alimentação: Para aves adultas: pedaços de carne, insetos, como o gafanhoto, larvas de Tenébrio, pássaros e pequenos animais mortos. As corujas não estão acostumadas com animais mortos e podem demorar a se acostumar com esta alimentação. Os filhotes bem novinhos podem ser alimentados com carne moída e um ovo cozido. As corujas têm a particularidade de engolir o alimento todo de uma vez, aproveitar a carne e regurgitar penas e ossos, em forma de rolinhos.


Hábitos: vive à noite, dorme durante o dia, com exceção de algumas espécies que vivem também de dia. Deve ser alimentada à noite.


Acomodações: viveiro grande, um mínimo de 2x3 m individual ou para casal, com uma caixa de madeira com um buraco, onde a coruja possa acomodar-se e nidificar. No chão da caixa, areia e serragem. Poleiro num canto mais sombreado, onde ele possa ficar durante o dia. A coruja não pode conviver com outros pássaros, pois os atacaria, o mesmo acontecendo com corujas de outras espécies: a maior mataria e comeria a menor. Se for um casal, podem ficar juntos. O viveiro também deve ficar longe dos viveiros dos outros pássaros, de modo que estes não vejam nem ouçam a coruja.


Acasalamento e reprodução: na natureza o macho se aproxima da fêmea, com uma presa nas garras. Se ela aceitar o presente, dá-se o acasalamento. A fêmea põe de três a cinco ovos por postura. Tempo de incubação: de 32 a 34 dias. Os filhotes têm uma variação grande para começar a voar, conforme a espécie: de 64 a 86 dias. Em cativeiro a reprodução é difícil.


Observação: a caça e comercialização deste animal são proibidas pela lei de proteção à fauna silvestre. Obtenha maiores informações a esse respeito junto ao IBAMA.

17 julho, 2010

Submission



Ó Alá, enquanto permaneço aqui ferida e com meu espírito quebrado, eu ouço em minha mente a voz do juiz me pronunciando culpada.
A sentença que tenho que cumprir está nas suas palavras: "À mulher e ao homem culpados de adultério ou fornicação açoitai-os com cem chicotadas; não deixai a compaixão vos comover em favor deles, em um assunto prescrito por Alá, se vós acreditais em Alá e no Último Dia; e deixai que um grupo de fiéis testemunhem sua punição."
Há dois anos, em um belo dia, na feira (souk) meus olhos foram surpreendidos pelos de Rahman, o mais belo homem que já encontrei.
Depois daquele dia, sempre que ia à feira, não fazia nada além de notar sua presença.
Eu me estremeci quando soube que sua estada ali não era coincidência.
Um dia ele me sugeriu que nos encontrássemos em segredo e eu disse 'sim'.
Com o passar dos meses nossa relação se aprofundou.
Ainda mais, além do nosso amor, uma nova vida se iniciou.
Nossa felicidade não passou desapercebida e, em pouco tempo, olhos invejosos deram lugar à línguas maliciosas;
'Vamos ignorar essas pessoas', eu e Rahman dissemos, 'e acreditar na piedade de Alá'. Talvez por sermos ingênuos, jovens e apaixonados pensamos que sua divindade estivesse do nosso lado.
Nós compartilhamos afeto, confiança e um grande respeito um pelo outro, como Alá poderia nos reprovar?

Por que ele o faria?

Quando tinha dezesseis anos, meu pai me revelou na cozinha:
"Você vai se casar com Aziz; ele é de uma família honesta e cuidará bem de você".
O dia do meu casamento foi uma celebração para nossas famílias, mas não para mim. Quando em nossa casa, meu esposo se aproximou de mim, desde então, eu me recuo dos seus toques.
Sinto repulsa pelo seu cheiro, mesmo que ele tenha acabado de se banhar.
Ainda assim, ó Alá, eu obedeço a seus comandos sancionados pelas Suas palavras. Quando o empurro, deixo-lhe me pegar, pois ele cita o Senhor: "Perguntarm-Lhe à respeito das maldições das mulheres: "They ask thee concerning women's courses”
Ele disse: elas são uma injúria e profanação, então, mantende-vos longe das mulheres quando amaldiçoam, e não vos aproximai delas até que estejam limpas. Mas, quando estiverem purificadas, vós podeis vos aproximar delas de qualquer forma, em qualquer hora ou lugar ordenado à vós, por Alá, pois Alá ama aqueles que se voltam para ele constantemente e ama aqueles que se mantêm puros e limpos."
Ó Alá, altíssimo!
Você diz que os 'homens são os protetores e mantenedores da mulher, porque você lhes deu mais (força) do que ao outro'.
Eu sinto, pelo menos uma vez por semana, a força do punho do meu marido na minha cara.
Ó Alá, altíssimo!
A vida com meu marido é difícil de levar, mas submeto minha vontade a Você.
Meu marido me sustenta, portanto, sou devotamente obediente, e guardo na ausência do meu marido o que Você me mandaria guardar.
Mas meu marido, mantenedor e protetor teme deslealdade e má conduta da minha parte; ele me acusa de ser ingrata a ele; ele sempre acha uma razão para duvidar de minha lealdade. E, depois de uma série de ameaças e avisos ele começa a me bater.
Ó Alá, benevolente e misericordioso.
Assim como Você pede da mulher crente, baixo meu olhar e guardo minha modéstia.
Eu nunca exibo minha beleza ou ornamentos; nem sequer minha face e mãos.
Eu nunca piso forte a fim de chamar atenção aos meus ornamentos escondidos, nem sequer em festas.
Eu nunca saio de casa, a não ser que seja extremamente necessário; e então somente com a permissão do meu pai.
Quando eu saio, dobro meu véu sobre meu colo como Você determina.
De vez em quando eu peco, eu fantasio sentir o vento soprando por meus cabelos ou o sol em minha pele, talvez na praia, eu sonho acordada sobre uma longa jornada ao redor do mundo, imaginando todos os lugares e pessoas lá fora.
É claro, eu nunca verei esses lugares ou conhecerei essas pessoas,
porque é tão importante guardar minha modéstia a fim de obedecê-lo, Ó Alá.
Então, alegremente, faço como Você diz e cubro meu corpo dos pés à cabeça exceto quando estou em minha casa e somente com membros da família. De forma geral, sou feliz com minha vida.
Porém, as coisas mudaram desde que o irmão do meu pai, Hakim, veio morar conosco. Ele espera até eu estar sozinha em casa e vem ao meu quarto, então ele me manda fazer coisas para ele, tocá-lo nos lugares mais íntimos.
Desde que ele veio morar conosco eu me acostumei a usar o véu dentro de casa a fim de detê-lo.
Contudo, isto não o impediu.
Duas vezes ele tirou meu véu, rasgou minhas roupas íntimas e me estuprou.
Quando contei para minha mãe, ela disse que iria falar com meu pai, mas meu pai a mandou - e a mim - não questionar a honra de seu irmão.
Eu sinto dor sempre que meu tio vem me ver.
Eu me sinto presa, como um animal pronto para o abate e estou cheia de culpa e vergonha; e me sinto abandonada, mesmo cercada de familiares e amigos.
Ó Alá,
Hakim se foi, agora que sabe que estou grávida.
O veredicto que matou minha fé no amor está em Seu Livro Sagrado.
Fé em Você..., submissão a Você... parece... auto-engano.
Ó Alá, provedor e ceifador da vida.
Você clama a todos os fiéis para voltarem-se para Você a fim de alcançar a salvação.
Eu não fiz nada minha vida inteira a não ser voltar-me para Você.
E, agora que rogo pela minha salvação, sob meu véu,
Você permanece silencioso como a sepultura que desejo.

Traduzido pelo Programa de Educação Tutorial em Ciência Política - PET/POL – UnB

Cineasta holandês Theo van Gogh é assassinado (02/11/2004)

Theo van Gogh é diretor de "Submission", filme que suscitou grande polêmica recentemente na Holanda sobre o Islã. Depois de "Submission", o cineasta passou a receber ameaças e andava com proteção policial. No entanto, não desejava essa vigilância e despistava seus seguranças.

Ele também estava terminando um longa-metragem sobre o assassinato em 2002 do líder da direita populista holandesa Pim Fortuyn.

Segundo a polícia, Theo van Gogh foi esfaqueado e depois atingido por vários tiros. Há um suspeito preso, mas a polícia não revelou sua identidade.

Van Gogh dirigiu quase 20 filmes, escreveu três livros e colaborou com uma dezena de jornais e revistas. Seu filme "Loos" (1989) foi exibido na 13ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

"Submission"

"Submission" é um curta-metragem de dez minutos que relata a violência exercida contra as mulheres muçulmanas. Foi escrito por Ayaan Hirsi Ali, uma refugiada somali, que deixou de ser muçulmana, e é membro do parlamento holandês.

Já houve ameaças de morte contra Ayaan Hirsi Ali. Desde agosto, quando o filme foi levado ao ar por uma TV na Holanda, ela vive acompanhada por um segurança. Um marroquino está preso, acusado de ameaçá-la de morte.

O filme alerta para os abusos, incesto, casamentos forçados e o suicídio de jovens mulheres muçulmanas imigrantes. "Submission" (submissão) mostra várias situações em que as mulheres são subjugadas pelos homens. Uma das mulheres é forçada a casar com um homem que odeia; outra é estuprada pelo próprio tio e fica grávida; e uma terceira é chicoteada após ter tido relações com o namorado.

O motivo mais forte, porém, que causa controvérsia, são as imagens de versos do Alcorão escritos no corpo das mulheres. Nas costas de uma mulher lê-se que um homem pode, ordenado por Deus, tomar a sua mulher quando, onde e como quiser.

A polícia holandesa deve investigar se a direção de Theo van Gogh em "Submission" tem alguma relação com seu assassinato.

21 junho, 2010

A Declaração da Deusa Negra


A Deusa Negra fala conosco pelas bocas de Lilith, Kali, Tiamat, Hécate, Nix, A Madonna Negra, Nêmesis, Morgana, Cerridwen, Perséfone, Ereshkigal, Arianrhod, Durga, Inanna e muitas outras.
Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no início de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido.
Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.



Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos. Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei.
Até o dia em que eu terei o maior prazer de encontrá-lo na encruzilhada entre os mundos.



Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou.
Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você até que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada.
Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.


Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças até mim.
Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração.
Engula seu medo e venha até mim, e você descobrirá a verdadeira beleza, força e coragem.


Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder.
Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.



Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite, coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você irá encarar o que te apavora e da qual você irá florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade.
Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros há seu tempo.
Eu faço o fraco forte.
Eu faço humilde o arrogante.
Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado.


Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Procure-me dentro e fora e você será forte.


Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude.
Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.



14 maio, 2010

Mãe e filho albinos são mortos em sacrifício de bruxaria



Dez agressores munidos com armas de fogo e granadas assassinaram os albinos Susann Vyegura e seu filho Desire Vyegura, de cinco anos, no Burundi, um pequeno país na África.

As duas vítimas tiveram seus braços e pernas arrancados, segundo informações de Kassim Kazungu, chefe da Associação Albina do Burundi. Os agressores removeram um olho de Desire e um seio de sua mãe, de acordo com Kazungu. O ataque aconteceu em Cankunko, a apenas 200 Km da capital do país, Bujumbura.

O avô de Desire, que não é albino, também acabou morto quando tentou proteger a vida de sua filha e neto.

Desde 2007 os ataques a albinos africanos são constantes. A Cruz Vermelha Internacional diz que 10 mil foram mortos ou tiveram que se esconder. Os moradores locais acreditam que as partes do corpo dos albinos trazem saúde e sucesso.

"As pessoas acreditam em bruxos mais do que em deus porque eles não podem ver deus", disse Kazungu. "Vai levar muito tempo até que as pessoas mudem, mas se começarmos a educar as crianças poderemos ver uma mudança".

Vicky Ntetema, do grupo Under The Same Sun (Sob o Mesmo Sol), conta que no Burundi de 14 casos de violência contra albinos, 14 pessoas foram incriminadas e presas. Na Tanzânia, onde existe até um mercado negro de órgãos e partes do corpo de albinos, de 57 assassinatos apenas duas pessoas foram condenadas.





Fonte: Virgula

15 abril, 2010

Hoje é dia de Bast

Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas.

Também tinha o poder sobre os eclipses solares. A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.

Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet.



Era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. A esta deusa é tradicionalmente consagrado o dia 15 de abril. O seu centro de culto estava na cidade de Bubastis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.






Essa última imagem é do gato em que eu sou sua humana de estimação.

21 março, 2010

Sentença de Morte por Bruxaria


A Anistia Internacional pediu ao rei da Arábia Saudita para suspender a execução de uma sentença de morte nacional libanesa, cujos o encargo referente a “bruxaria” foi confirmado por um tribunal na semana passada.
Se os tribunais superiores rejeitarem o seu recurso, Ali Hussain SIBAT, um ex-apresentador de televisão, de uma estação de televisão libanesa por satélite, pelo "crime" de haver dado conselhos e previsões sobre o futuro poderá ser executado a qualquer momento.
Outro homem não identificado, também condenado à morte em Julho de 2009 por um
tribunal, por motivos relacionados com a "feitiçaria" pode ainda estar em risco de execução.
Ali Hussain SIBAT foi preso pela Mutawa'een (polícia religiosa) sob a acusação de "bruxaria" em maio de 2008, enquanto ele estava na Arábia Saudita, para realizar uma forma de peregrinação muçulmana.
Seu advogado no Líbano acredita que Ali Hussain SIBAT foi preso por que os membros da Mutawa'een o reconheceram a partir do show de TV, que foi ao ar na emissora
de TV Sheherazade.
Depois que ele foi preso, Ali Hussain SIBAT sofreu pesadas interrogações. Por fim, seus interrogadores disseram-lhe para escrever o que ele fazia para ganhar a vida, assegurando-lhe que, se ele assim o fizesse, ele estaria autorizado a ir para casa, depois de algumas semanas.
Este documento foi apresentado em tribunal como uma "confissão" e usado para condená-lo.
Ele foi condenado à morte por um tribunal de Madina, em 9 de Novembro de 2009,
depois de audiências do tribunal secreto onde ele não tinha qualquer representação legal ou de assistência.
Em janeiro de 2010, o Tribunal de Recurso, aceitou examinar um recurso de Ali
Hussain SIBAT contra a sentença de morte, em razão de que era uma sentença
prematura.
O Tribunal de Apelação disse que todas as alegações feitas contra Ali Hussain SIBAT deveriam ser verificadas, e que se ele realmente tivesse cometido o crime, ele deveria vir a ser convidado a se arrepender.
Mas em 10 de março, um tribunal em Madina confirmou a sentença de morte. O juiz disse que ele merecia ser condenado à morte porque ele havia praticado "feitiçaria" publicamente por vários anos perante milhões de telespectadores e que suas ações fizeram dele um infiel.
O órgão também disse que não haveria nenhuma maneira de verificar se seria sincero o seu arrependimento, se ele viesse a se declarar arrependido, de modo que a imposição da pena de morte seria para dissuadir outras pessoas de participarem de "feitiçarias", para que não haja um aumento no número de "magos estrangeiros" na Arábia Saudita.
O caso foi enviado ao Tribunal de Recurso, para a aprovação da pena de morte.
O crime de "feitiçaria" não é definido em lei na Arábia Saudita, mas é usado para punir as pessoas, incluindo os direitos à liberdade de pensamento, de consciência, de religião, crença e expressão.
A criminalização é incompatível com o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, tal como estabelecido no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
As autoridades da Arábia Saudita prenderam dezenas de pessoas por “bruxaria", em 2009, e continuaram a prender as pessoas sob essas mesmas acusações.
A última execução conhecida por “bruxaria" foi a do cidadão egípcio Mustafa Ibrahim, de 2 de Novembro de 2007. Ele havia sido preso em maio de 2007 na cidade de Arar, onde trabalhou como farmacêutico, e foi acusado de "desvio da fé" por possuir uma cópia degradada do Alcorão.
Pelo menos 158 pessoas foram executadas na Arábia Saudita em 2007 e pelo menos 102 em 2008.
Em 2009, 69 pessoas são conhecidas por terem sido executados, incluindo quase 20 estrangeiros.
Desde o início de 2010, pelo menos oito pessoas foram executadas na Arábia Saudita.
A Anistia Internacional apelou às autoridades para liberar Ali Hussain SIBAT e um outro homem (não identificado ainda) incondicionalmente, vez que eles foram condenados unicamente por terem realizado o exercício pacífico do seu direito à liberdade de expressão.
A organização pediu às autoridades para que desistam de cobrar e condenar as pessoas por “apostasia", uma vez que viola o legítimo exercício do direito à liberdade de expressão e liberdade de religião.

18 março, 2010

Salem


Não é privilégio da Inquisição o pavor e a perseguição das pessoas acusadas de "bruxaria": Na Vila de Salem, uma Colônia da Baía de Massachustts (New England), onde hoje é a cidade de Danvers, famoso ficou o julgamento e a condenação à morte de várias pessoas acusadas de feitiçaria.

Em janeiro de 1692, Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Willams de onze, começaram a exibir comportamento estranho, como blasfêmias, gritos, ataques apoplécticos convulsivos, estados de transe etc. Logo outras meninas de Salem começaram a demonstrar comportamento semelhante e, incapazes de determinar qualquer causa física para os sintomas e comportamentos, os médicos concluíram que as meninas estavam sob influência de Satanás.

Orações e jejuns comunitários foram organizados pelo Reverendo Samuel Parris, pai de Betty e tio de Abigail Willians. Para descobrir a identidade das bruxas, Jonh, um índio, assou um bolo feito com centeio e urina das garotas enfeitiçadas e, pressionadas para identificar a fonte de suas aflições, as meninas nomearam três mulheres, inclusive Tituba, índia escrava do Reverendo Parris, além de Sarah Good e Sarah Osborne.

Embora Osborne e Good tenham alegado inocência, Tituba confessou ter visto o Diabo, o qual aparecia para ela "as vezes como um porco e as vezes como um grande cachorro", tendo ainda Tituba testemunhado que havia uma conspiração de bruxas em Salem.

Em 1º de março, os magistrados John Hathorne e Jonathan Corwin examinaram Tituba e as outras duas mulheres na casa de reuniões de Salem. Tituba confessou a feitiçaria praticante. Nas semanas seguintes outras pessoas da cidade testemunharam que eles tinham sido prejudicados pelas bruxarias e, tendo continuado a caça às bruxas, foram feitas acusações contra diversas pessoas, principalmente mulheres cujo comportamento estava perturbando de alguma maneira a ordem social e convenções do tempo. Alguns acusados tinham registros criminais, inclusive de feitiçaria, mas outros eram devotos e pessoas consideradas na comunidade.

Martha Carey é acusada de feitiçaria em 12 de março. A enfermeira Rebecca é denunciada em 19 de março. Martha Carey foi examinada pelos magistrados em 21 de março e Rebecca em 24 de março. E seguiram-se várias acusações e exames dos supostos feiticeiros.

Abigail Hobbs, Bridget Bishop, Giles Corey, e Mary Warren foram examinados em 19 de abril. Só Abigail Hobbs confessou.

Sarah Osborne morreu na prisão de Boston em 10 de maio.

Em 27 de maio o recém chegado governador, Sir William Phips, fundou um Tribunal especial de Oyer e Terminer composto de sete juízes para julgamento dos casos de bruxaria. Compuseram o Tribunal: William Stoughton, Nathaniel Saltonstall, Bartholomew Gedney, Peter Sergeant, Samuel Sewall, Wait Still Winthrop, John Richards, John Hathorne, and Jonathan Corwin.

Os julgamentos foram baseados nas confissões, em atributos sobrenaturais como marcas etc, e com base nas reações das meninas atingidas pela bruxaria. Foi considerado inclusive que o diabo poderia assumir o aspecto de uma pessoa inocente.

Em 2 de junho Bridget Bishop foi o primeiro a ser considerado culpado e condenado à morte. Nathaniel Saltonstall abandonou o tribunal insatisfeito com seus procedimentos. Sendo Bishop enforcado em Salem em 10 de junho de 1692. Bridget Bishop: "Eu não sou nenhum bruxo. Eu sou inocente. Eu não entendo nada disso".

Giles Corey alegou inocência da acusação de feitiçaria, mas subseqüentemente recusou levantar-se diante do tribunal. Esta recusa significou que ele não podia ser julgado legalmente. Porém, os examinadores dele escolheram sujeitá-lo a interrogatório mediante tortura, colocando pesadas pedras em cima de seu corpo. Ele sobreviveu a esta brutal tortura durante dois dias e morreu.

Em 19 de julho Rebecca Nurse, Martha Carey, Susannah Martin, Elizabeth Howe, Sarah Good, e Sarah Wildes foram executadas.

A sentença de Martha Carey, datada de 10 de junho, informa que: "O Tribunal de Oyer e Terminer, reunido na Casa de Reuniões da Aldeia de Salem, tendo ouvido o testemunho de diversas pessoas, considerou Carey culpada do crime de 'heresia', acusada de ter ajudado e auxiliado bruxas, causado dores e sofrimentos para sua família e demais parentes; matado umas quarenta e cinco aves raras e vários suínos na Aldeia de Danvers e em suas proximidades; posto uma 'maldição do diabo' nas meninas de Parris e em Goody Laurence, causando muita doença e miséria; comido vidro quebrado..."

Segue ordem para o Xerife George Corwin "confinar Martha Carey na cadeia da prisão de Salem até 19 de julho de 1692, ocasião em que, quando o sol estiver alto, ela será executada. Dê-lhe um gorro preto e leve-a segura para a Colina da Execução em Salem e coloque-a na forca. Ela será pendurada pelo pescoço até a morte. Possa Deus perdoar sua alma má". (Documento que se encontra no Peabody Essex Museum, juntamente com outros 551 documentos, todos referentes aos julgamentos das bruxas de Salem)

Em 19 de agosto, George Jacobs, Martha Carrier, George Burroughs, John Proctor, and John Willard foram enforcados.

Margaret Scott, Mary Easty, Alice Parker, Ann, Pudeator, Wilmott Redd, Samuel Wardwell, e Mary Parker foram enforcadas em 22 de setembro.

O tribunal foi dissolvido pelo Governador Philips em 29 de outubro, depois de executadas 20 pessoas.