30 março, 2008

Índia: "bruxa" é amarrada em árvore e linchada



A televisão indiana veiculou hoje imagens de um linchamento no nordeste do país, informa a rede CNN. Segundo a emissora uma mulher acusada de bruxaria foi amarrada a uma árvore, linchada, teve seu cabelo cortado e queimado e depois foi obrigada a desfilar pela cidade com as mãos amarradas.

De acordo com a emissora local IBN, que obteve imagens do linchamento, a mulher acusada de bruxaria teria retornado à pequena vila de Patna, na província de Bihar, para pegar sua bagagem uma semana após ter chegado à localidade contratada por um morador para curar sua mulher.
O incidente aconteceu nesta quinta-feira a apenas alguns metros de um posto policial. Quando as autoridades chegaram, a mulher - que não teve sua identidade divulgada - já havia sido surrada e estava sendo obrigada a desfilar pela cidade com as mãos amarradas.
Seis pessoas foram presas em flagrante. Ram Ayodhya, um dos líderes do linchamento admitiu que contratou os serviços da mulher para curar sua mulher. Como não obteve bons resultados ele a acusou de praticar magia negra e incitou os moradores a região a espancarem a mulher.
Ayodhya e os outros cinco presos devem comparecer a uma audiência preliminar já nesta sexta. Eles podem ser condenado a até sete anos de prisão. A vítima do espancamento também será ouvida pelo juiz ainda hoje.


Fonte: Terra

19 março, 2008

Eostre


Eostre era a Grande Deusa Mãe saxônica da Alvorada, da Luz Crescente da Primavera e o Renascimento da Vegetação.


Era conhecida pelos nomes: Ostare, Ostara, Ostern, Eostra, Eostur, Austron e Aysos.
Esta Deusa estava também associada a lebres, coelhos e ovos.
A Deusa Eostre pode relacionar-se com a Deusa Eros grega e a Deusa Aurora romana, ambas Deusas do Amanhecer, e com Ishtar e Astarté da Babilônia, ambas deusas do amor.
Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. Para ajudar o animalzinho transformou-o em uma lebre, mas a transformação não se processou completamente e o coelho permaneceu com a habilidade de colocar ovos. Como agradecimento por ter salvado sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre.
A Deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, compartilhar sua alegria com todas as crianças do mundo. Criou-se assim, a tradição de se ofertar ovos decorados na Páscoa, costume vigente em nossos dias atuais.
Os ovos são símbolos de fertilidade e vida. Uma tradição antiga dizia que se deveriam pintar os ovos com símbolos equivalentes aos nossos desejos. Mas, sempre um dos ovos deveria ser enterrado, como presente para a Mãe Terra.
A Lebre da Páscoa era o animal sagrado da nossa deusa teutónica da Primavera, Eostre, a Deusa Lunar que dava fertilidade a terra e tinha cabeça de Lebre.


A palavra inglesa para Páscoa, Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar.


O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera, ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.
A Lebre, que é o animal sagrado da deusa da Primavera, é assim, por isso, um símbolo de fertilidade, de renovação e do regresso da Primavera.
Dizia-se, no século XVIII (e ainda hoje em algumas regiões), que quem comesse carne de lebre seria belo durante sete dias. Nos Vosges, era necessário comê-la durante sete dias seguidos.

Segundo os "Evangelhos das Rocas": “Quando alguém se põe em caminho para um lugar, e uma lebre vem ao seu encontro, é muito mau sinal. Para evitar todos os perigos, deve voltar-se três vezes ao lugar de onde veio, para depois continuar o caminho; então estará fora de perigo".


Esse preconceito do encontro com a lebre, assinalado pelo cura Thiers do séc. XVII, pode ser geral, sendo encontrado em todas as regiões da França.
Na região de Lannion, várias lebres são as almas de senhores condenados a se tornar animais tímidos, porque, quando vivos, puseram o mundo todo a tremer.
Eoster também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher orvalho para banhar-se em rituais. Acreditava-se que o orvalho colhido nesta época do ano estava impregnado com as energias da purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
FESTIVAL DE OSTARA
(21-23/03)


Este festival também é conhecido como Eostre, em honra à Deusa. Este cerimonial deriva da palavra inglesa "East" (Leste), que é a posição do sol nascente. Muitas bruxas colocam seus altares nesta posição para honrar a Deusa Eostre. No Hemisfério Norte, (21-23) de março, é quando o Inverno se despede dando lugar para o florescer de toda a vegetação. Por isso, Ostara é um festival do fogo e da fertilidade, que celebra o retorno triunfal do Sol e da fertilidade da Terra.
É com a primavera que também renascem nossos corações e nossos espíritos vibram em harmonia com as forças da vida.
É quando nossas mentes se tornam um terreno fértil para a sabedoria e nossos ouvidos sensíveis às palavras que alento que se encontram no vento. É quando podemos nos sentir completos e eternos.
Este é um dia especial para se honrar a juventude, a alegria de viver e a música. Na terra a renovação se faz, envolvendo-nos de vida e esperança.
É tempo de plantar e celebrar os primeiros vestígios da fertilidade da Terra e do renascimento do Sol. É época de cantar e dançar em torno das fogueiras, ornadas com grinaldas de flores na cabeça, comungando com a terra e a primavera. É tempo de honrarmos a Deusa Eostre!
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa.
O ovo também está associado ao crescimento e a novos começos, vamos então tornar um ovo mágico e fazer com contenha dentro dele todas as nossas esperanças e desejos para a vinda da nova estação?

Verde - Para o crescimento e a prosperidade;
Vermelho ou Cor-de-rosa - Para o amor e a união;
Roxo - Para o desenvolvimento psíquico e crescimento espiritual;
Amarelo - Para novos começos e sucesso nos estudos;
Azul - Para a paz e serenidade;
Laranja - Para o poder e energia;


As Deusas que animam a mitologia antepassada, movem-se por nossas almas e atuam de maneira inquietadora. Os cenários dos antigos roteiros hoje são visíveis nos enredos que encenamos, por mais que as variações sejam milenares.
Ler as histórias das Deusas nos faz mais uma vez nos religar com as zonas atemporais do psiquismo. Quando elas acordam algo dentro de nós, as Deusas estão de volta e se movimentando no estilo invisível.
Assim, a velha e antiga história de sempre, a mescla de Deusas e mortais, pousada nos penhascos do tempo, contemplam as cavernosas profundidades da alma.

02 março, 2008

Lendas da Amazônia

"No início era o nada. Os deuses esconderam as tintas nas árvores, nos animais e na terra, e guardaram para si o encantamento da tapiragem nas aves. E esperaram... Ainda era tudo escuro, e ao mesmo tempo em que foi criado o Sol e a Lua, Kúat e Iaê, os deuses da sabedoria, mostraram a natureza como horizonte do homem, para que convivendo com ela, aprendesse a amá-la e respeitá-la. A pele pintada para dar vida à vida, cor às cores, para mostrar a alegria do existir e a razão do viver. Através da mutação das penas, um pouco da incomparável beleza da aves saiu do céu. O sonho dos homens de voar nunca se realizou materialmente, mas em espírito eles alçaram vôo junto aos deuses, e os deuses sorriam, acreditando no homem..."



A Lenda da Cestaria

Há muitos e muitos anos, na profundeza do Rio Paru de Leste, afluente do Amazonas, e mais precisamente na divisa com o rio Axiki, vivia a serpente Tuluperê, conhecida popularmente como a cobra-grande. Ela tinha um comprimento fora do comum. A pele, desde a cabeça até o final do corpo, apresentava as cores vermelha e preta. E reunia características da sucuriju e da jibóia. Tuluperê virava embarcações que navegavam nas águas dessa divisa e, quando conseguia pegar uma pessoa, apertava-a até matar e dela se alimentava. Um dia, os índios da nação Wayana, da família lingüística Karib, com a ajuda do Xamã, líder religioso, conseguiram matar Tuluperê, depois que a atingiram com muitas flechas. Nessa ocasião, viram os desenhos da pele da cobra-grande, memorizando-os. A partir daí, passaram a reproduzi-los em todas as suas peças de cestaria.

A Lenda da Mandioca

A mandioca é uma raiz amidosa, muito volumosa, usada para fazer um especial tipo de farinha. A farinha da mandioca faz parte da comida diária dos nativos da Amazônia, e é usada só ou acompanhada de arroz, batata, milho, e como acompanhamento para peixe, carne ou feijão. Esta raiz possui um forte veneno, cianide que precisa ser eliminado durante a preparação da farinha. Isto é feito durante o cozimento ou fermentação da raiz. A massa obtida é tostada e está pronta para armazenagem. Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter engravidado misteriosamente. Parentes longínquos iam levar-lhe comida para seu sustento, e assim a índia viveu até dar a luz a uma linda menina, muito branca, o qual chamou de Mani. A notícia do nascimento se espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se rendeu aos encantos da linda criança a qual se tornou muito amada por todos. No entanto, ao completar três anos, Mani morreu de forma também misteriosa, sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e enterrou a filha perto da cabana onde vivia e sobre ela derramou seu pranto por horas. Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca. Todos vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda a região. Mandi = Mani, nome da criança. oca = aca, semelhante a um chifre.

A Lenda do Boto

Existe dois tipos de botos na Amazônia, o rosado e o preto, sendo cada um de diferente espécie com diferentes hábitos e envolvidos em diferentes tradições. Viajando ao longo dos rios é comum ver um boto mergulhando ou ondulando as águas a distância. Diz-se que o boto preto ou tucuxi é amigável e ajuda a salvar as pessoas de afogamentos, mas dizem que o rosado é perigoso. Sendo de visão ineficiente, os botos possuem um sofisticado sistema sonar que os ajuda a navegar nas águas barrentas do Rio Amazonas. Depois do homem eles são os maiores predadores de peixes. A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho. Em estas noites se fazem fogueiras e se queima foguetes enquanto se desfruta de comidas típicas e se dança quadrilhas e outras danças ao som alegre das sanfonas. As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz, mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação não é completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio, engravidando-a e nunca mais voltando para vê-la. Durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pense que ele é um boto. E quando uma jovem engravida e não se sabe quem é o pai, é comum dizerem ser "do boto".

Lenda do Guaraná
O guaraná é um fruto da Amazônia usado para fazer uma soda ou refrigerante de sabor doce e agradável. É uma bebida bastante popular na Amazônia. A origem deste fruto é explicada na seguinte lenda: Um casal de índios pertencente à tribo Maués viviam juntos por muitos anos sem ter filhos, mas desejavam muito ter uma criança ao menos. Um dia, eles pediram a Tupã uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino. O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu então ceifar aquela vida em flor. Um dia o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança.
Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram na floresta e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.


A Lenda da Vitória Régia
A maior lili aquática no mundo é a Vitória Régia, nativa da bacia do Rio Amazonas. Suas folhas arredondadas atingem até 2 m de diâmetro e possuem as bordas pronunciadas e levantadas. A vitória régia flutua graciosamente na água e pode sustentar o peso correspondente ao tamanho de um pequeno animal. Quando floresce, suas pétalas são brancas ou levemente rosadas, com bordas esverdeadas. Há muitos anos, nas margens do majestoso Rio Amazonas, Naia, uma jovem e bela índia ficava a admirar e contemplar por longas horas a beleza da lua branca e o mistério das estrelas. Enquanto o aroma da noite tropical enfeitava aqueles sonhos, a lua deitava uma luz intensa nas águas, fazendo Naia subir numa árvore alta para tentar tocar a lua. Ela não obteve êxito. No próximo dia, ela decidiu subir as montanhas distantes para sentir com suas mãos a maciez aveludada do rosto da lua, mas novamente ela falhou. Quando chegou lá, a lua estava tão alta que retornou à aldeia desapontada. Ela acreditava que a Lua era um bonito guerreiro - Jaci, e sonhava em ser a noiva desse bravo guerreiro. Na noite seguinte, Naia deixou a aldeia esperando realizar seu sonho. Ela tomou o caminho do rio para encontrar a lua nas negras águas. Refletida no espelho das águas, lá estava a Lua, imensa, resplandecente. Naia, em sua inocência, pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e permitir que fosse tocada. Ela mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre. A lua, sentindo pena daquela tão jovem vida agora perdida, transformou Naia em uma flor gigante - a Vitória Régia - com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície, a luz da lua.

A Lenda do Pirarucú

O pirarucu é um peixe da Amazônia, cujo comprimento pode chegar até 2 metros. Suas escamas são grandes e rígidas o suficiente para serem usadas como lixas de unha, ou como artesanato ou simplesmente vendidas como souvenir. A carne do Pirarucu é suave e usada em pratos típicos da nossa região. Pode também ser preparada de outras maneiras, frequentemente salgada e exposta ao sol para secar. Se fresca ou seca, a carne do pirarucu é sempre uma delícia em qualquer receita. Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no sudoeste da Amazônia. Ele era um bravo guerreiro, mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhum motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses. Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento, decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucú, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia. O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão. Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.

18 fevereiro, 2008

Elementais Brasileiros


A literatura brasileira na beleza pagã de seus moldes está despertando à medida que nós, nascidos do ventre dessa terra, interpretamos a natureza doce e tumultuária desse paraíso. Realmente, não há país igual no mundo como nosso Brasil. Um magnífico espetáculo nos oferece aqui, a natureza.
Nada se iguala a diversidade da flora e da fauna: árvores e quelônios trevos e borboletas, flores exóticas e aves abrindo as asas aos raios do sol, explicando com mil gorjeios a alegria que sentem.
O Brasil é um mundo à parte, botânica e zoológicamente diferente. Grandiosos, fascinante, a estimular a tendência fatal do homem para os mistérios inquietantes.


Respira-se um ar de magia!
Mas, não é só o que canta, o que grita, o que sopra, o que silva e assobia na floresta, onde as árvores se abraçam, se apertam e se confundem, mas é também essa terra, cenário e berço de um rico habitat de seres encantados.
É tão somente aqui, que encontramos Iaras sedutoras, cujos braços voluptuosos só prendem os fortes. A nossa Iara, não só faz com que nos apaixonemos por ela, mas nos transforma, nos estimula a passar por uma prova de resistência, uma forja que destrói os valores falsos e retempera os verdadeiros. O canto da Iara é a voz irresistível do nosso sangue e de nossas tradições.
Todo o Brasil está cheio de lendas românticas, práticas, enternecedoras, apavorantes ou sarcástica. São as vozes secretas das florestas, bosques, campos, rios e lagos que cantam nas vozes subterrâneas do seu mundo interior: no seu fabulário, na sua teogônia, na sua mitologia, bárbara e bela.
Ouve-se, vê-se, sente-se ou adivinha-se todo esse mundo assombroso onde duendes, gnomos, fadas, ondinas e salamandras, desfraldando as bandeiras do arco-íris nas flores, nas flores e na plumagem de nossas aves!


CAIPORA
O caipora é o ser encantado que guarda a maior das riquezas do nosso índio: a caça. Quando o caçador não lhe oferece fumo, não consegue matar um só bicho. Anda montado em um porco feroz chamado de caitetú, de cachimbo à boca. Duende tutelar das florestas cuida das árvores e dos animais, o que o torna benéfico ou maléfico aos freqüentadores dessas, segundo as circunstâncias e o seu procedimento.

MATINTA PERERA
É uma pequena coruja-duende que possui a faculdade de transformar-se em uma velha negra, de saia vermelha e toda esfarrapada que brinca ou castiga os meninos se esses são malcriados. Ela é o arquétipo da Deusa Anciã que nos proporciona um sentimento de inteireza e integridade. O modo de aprender com Matintaperera é olhar para o interior e sentir intuitivamente o que está se passando. É um ser encantado que chegou ao Brasil com o comércio dos escravos com a África.

ARACI
Na mais longínqua e remota antiguidade, Itaquê, um mortal, amou a imortal Jaci (Lua). Dessa união nasceu Araci, que ao morrer, foi elevada aos céus, por sua divina mãe, tornando-se a ninfa das manhãs e da aurora. Ela também foi, a responsável pelo nascimento do Juazeiro. Araci é um arquétipo orientado para os relacionamentos que motiva-nos a valorizar o processo criativo e nos ensina a sermos mais receptivos às mudanças. É um ser encantado relacionado com a fertilidade e prosperidade.


IARA


Moldada de acordo com as sereias irresistíveis de Ulisses, metade peixe metade mulher, a belíssimo ninfa vive nas margens do igarapés, nas bordas dos lagos, nos taludes dos rios, seduzindo os homens, encantando-os e carregando-os para o fundo. Ela é o arquétipo da transformação, pois é descendo até seus domínios que aprenderemos a sobreviver de maneira diferente e a aguardar a chance de renascer.


ICAMIABAS
São as lendárias Valquírias brasileiras que defendem seus domínios do olho cobiçoso do estrangeiro. Elas são seres feéricos que dormem no fundo dos lagos, escaldando a imaginação do povo. Elas são arquétipos da Deusa Virgem e são a pura essência da mulher e de tudo aquilo que ela valoriza. Com elas aprendemos a desenvolver a percepção enfocada, que pode ser tão penetrante ou cortante em sua habilidade de analisar, que pode ser incrivelmente preciso ou destrutivo, dependendo da intensidade e no que ela é focalizada.


ALAMOA
É uma fada-rainha que habita um lindo reino encantado em Fernando de Noronha. Seu palácio soberbo está metamorfoseado no Pico. Ela monta cães selvagens que vivem no alto dos montes soltando longos e sinistros uivos. Ela é uma fada incrivelmente sedutora que parece ter sido feita para satisfazer a volúpia dos homens. Mas cuidado com ela, pois os enamorados que transpõe a Porta do Pico, crentes que irão usufruir as delícias daquele corpo fascinante, só verão Alamoa transformar-se de repente em uma caveira. Alamoa é o arquétipo lunar que representa o caráter cíclico da vida, tão compreendido por todas as mulheres e que, permanece um completo mistério para os homens. Com essa fada podemos compreender as leis da nossa própria natureza, que não estão sujeitas a regulamentos, restrições e tabus da atual sociedade patriarcal.


JURURÁ-AÇU


É um ser feérico que por castigo, Tupã fez nascer em suas costas, uma espécie de concha e cobriu seu corpo com uma cor amarelada. Transformou-se assim, na feia, mas encantada tartaruga, que habita as águas doces dos rios. Conta outra lenda, que por ter libertado o deus infernal Anhangá, tornou-se o único ser encantado que podia entrar e sair livremente dos infernos. A concha da tartaruga, portanto, simboliza o mundo subterrâneo e o reino dos mortos, mas também está associada às idéias de fecundidade, riqueza e felicidade. Está associada com a chuva e o orvalho.


BOTO
É o ser encantado que protege os rios e que tenta unir-se sexualmente às moças virgens, às casadas e às viúvas. Para tanto, à meia-noite, transforma-se em um jovem príncipe, de espada na cintura, pluma no chapéus, punhos de renda e carregando um tamborim, senta-se num tronco da ribanceira. Sedutor e fecundador obcecado, ele sente o odor feminino a grandes distâncias. O Boto desperta em nós o arquétipo do herói, pois cada um de nós reconhece a sutil sedução dos confortos e os medos que nos paralisam. Ele é a formalização da força vital, a ativação da libido rumo a um maior desenvolvimento. O boto é símbolo de vida, fecundidade, alegria e sorte.


SUMÁ
Sumá era um "Espírito da Terra", filha de deuses misteriosos, guerreira que orientava e protegia a agricultura. Uma lenda bem antiga afirma ser ela filha de Tupã (Deus Trovão) e Jaci (Deusa Lua). Ela vagava sobre a terra envolta em uma negra manta. Sumá representa o ato de "despertar'“, nascer “ou” brotar “, que capta o aspecto ambivalente da consciência matriarcal, para o qual a luz do conhecimento” desperta “, da mesma forma que uma semente brota. Como era um arquétipo da Terra Feminina, foi considerada uma inimiga dos homens. Com Sumá aprenderemos a amar mais nossa terra, preservando a natureza e todos os seres que nela habitam, seja mineral, vegetal ou animal”.


COBRA GRANDE


É a "Senhora dos Elementos", tinha no passado poderes cosmogônicos e muitas lendas relacionadas com ela explicam a origem das espécies. Conta uma lenda que uma cunhã engravidara da coisa-má, ou por beber um ovo de mutum, onde havia um cabelo humano, dando à luz a uma grande cobra que a perseguia por toda à parte. Logrando esconder-se, foi procurada, em vão, pelo animal. Desiludido, voou para o céu, transformando-se na constelação serpentário. A Cobra Grande simboliza a dimensão mais numerosa, ameaçadora, fascinante e inconsciente da psique. Contém os opostos de matéria e espírito e, em geral, simboliza a própria essência do inconsciente. É também um símbolo fálico.


ACUTIPURU
Para nossos índios, o Acutipuru, é um pequeno roedor também conhecido por Caxinguelê, que é intocável. Acreditam que é na forma de Acutipuru que a alma abandona o corpo dos que morrem. O Acutipuru leva em si a sabedoria, as experiências e os sonhos daqueles que deixam essa vida e passam para o "Outro Mundo" cheio de mistérios. Para os caboclos, o Acutipuru é um ser encantado, mensageiro dos sonhos, que semeia nas almas adormecidas a realização dos desejos e aventuras maravilhosas. É através do Acutipuru que os sonhos podem tornar-se realidade.

CABI


O Cabi é um pequeno Tajá, que quando "curado" e cuidado, pia a chora. Deve ser plantado por um pajé ou alguém que já foi iniciado na arte da magia, em um lugar reservado perto da moradia, funcionando como um guardião-protetor. Se alguém tentar entrar na casa, estando ela deserta, transforma-se em onça ou outro animal feroz. Ás vezes pode transformar-se em veado, que mesmo que seja alvejado, nunca morre e continuará guardando a casa.

01 fevereiro, 2008

Miss é barrada em júri de concurso de beleza por causa de "bruxaria"



Stéphanie, de 23 anos e vencedora de um concurso de miss no Canadá em 2007, já tinha tudo preparado para fazer parte do júri que decidirá em fevereiro a vencedora do concurso Miss Toronto Turismo, mas recebeu uma carta da organização afirmando que ela tinha sido eliminada por gostar de tarô.
A organização do evento afirmou que a "leitura do tarô e do reiki (uma prática originada no Japão) fazem parte do oculto e não é aceitável por Deus, os judeus, muçulmanos ou cristãos".
A organização reafirmou à imprensa sua decisão através de sua porta-voz, Karen Murray.
"Aceitamos (pessoas de) todas as religiões e todas as nacionalidades, mas as rejeitaríamos se estivessem envolvidas em bruxaria", afirmou.
Aparentemente Stéphanie forneceu detalhes sobre suas crenças quando a organização do concurso de beleza lhe pediu uma pequena biografia.
"Disse tudo o que faço; que sou uma artista, cantora e dançarina. Contei sobre meu trabalho com a caridade e também falei sobre meus hobbies, como escrever canções, tecer, pintar, praticar ioga, reiki e as cartas do tarô", disse Stéphanie ao jornal "The Toronto Star".
Para Murray, estas características, especialmente as duas últimas, são suficientes para desqualificar Stéphanie.
"Queremos alguém com os pés na terra, não alguém no lado obscuro ou no oculto", afirmou a porta-voz.

26 janeiro, 2008

SÍMBOLOS MÁGICOS


Os símbolos mágicos são o coração da espiritualidade. Eles são gráficos, que condensam uma informação em comum. O símbolo quando percebido pelos sentidos, evoca o eco de uma experiência. Quanto mais profunda e mais significante a experiência, mais poderoso é o símbolo. Ele pode tomar a forma de uma imagem, um som, uma palavra, uma ação, um objeto, tudo o que tem uma existência física, concreta no mundo. É importante notar a fisicalidade dos símbolos. Idéias e conceitos podem surgir através de símbolos, mas não podem ser chamadas de símbolos por si só.
A experiência evocada através do símbolo pode ficar somente na memória daquele que experiência a situação e ter um significado puramente pessoal. Ou pode ser verbalizado e transmitido, se tornando propriedade de muitos, possuindo significado espiritual para indivíduos de acordo com o entendimento de cada um.
Um símbolo possui poder, tanto pessoal quanto histórico. Pessoal pela virtude de suas habilidades em evocar profundos sentimentos em uma pessoa e histórico por permitir que muitos o interpretem. Em ambos os casos, o símbolo físico é a experiência original, a mensagem esclarecedora e direta, a mais profunda e compelidora voz. Através dos tempos o símbolo pode sofrer alterações em seus significados, pois quanto mais remota e inacessível é a mensagem pertencente a um símbolo, mas mutável e misterioso é seu entendimento. Qualquer símbolo faz parte dos processos da vida que são mutáveis e inevitáveis.
Os símbolos precisam ser entendidos e interpretados. Eles geralmente trazem consigo um pouco da energia do renascimento, pois são veículos de uma compreensão posterior, mesmo quando não estamos mais trabalhando especificamente com eles. Um exemplo disso ocorre no mundo oculto que utiliza largamente símbolos reconstituídos. Hoje eles são utilizados em modernas agendas que carregam pouca ou nenhuma relação com a experiência original que deu nascimento a tais símbolos, provando assim que existe algo, muito além do nosso entendimento, que chama o homem a fazer uso de seus símbolos novamente.
Para a magia fazer da experiência do símbolo uma verdade, não importa se ele é velho ou novo, pois em ambos os casos ele é investido com a verdade experimental. A natureza tem o poder de conversar diretamente com a alma. Exatamente por este motivo uma centelha de reconhecimento irá passar através de alguém quando este se estender entre as pedras de um templo em ruínas ou quando tocar em algum manuscrito de eras longínquas e esquecidas. Nenhum símbolo pode nascer ou permanecer vivo sem esta centelha de contato entre um ser vivo e o universo vivo. Nenhuma construção intelectual, nenhuma antiga fórmula pode existir sem isso.
Por isso a construção de novos símbolos re-expressam constantemente verdades perenes que são constantemente esquecidas. O símbolo é um progresso da criação que dá a magia outra interpretação simbólica de vitalidade e poder.
Simbologia, como feitiços, são muito individuais e pessoais. No entanto, existem muitos símbolos em comum usados na Bruxaria. Símbolos quando carregados com nossa vontade e desejo, podem se tornar um talismã poderoso. Os símbolos mais comuns utilizados estão listados aqui, mas é necessário salientar que os símbolos mais poderosos são aqueles relevantes ao seu usuário.






Claudiney Pietro

16 janeiro, 2008

Aprovado uso de símbolos wicca em lápides de veteranos



WASHINGTON – Para chegar a um acordo em um processo, o departamento de Assuntos de Veteranos concordou em adicionar o pentagrama wicca em uma lista de símbolos religiosos aprovados que irão ser gravados nas lápides dos veteranos. O acordo, que foi alcançado nesta sexta-feira, foi anunciado segunda-feira pela organização Americanos Unidos pela Separação da Igreja e Estado, que representou os queixosos no caso.



Embora tenha muitas formas, wicca é um tipo de crença pré-cristã que reverencia a natureza e seus ciclos. Seu símbolo, um pentagrama, é uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo.
Até agora, o departamento de Assuntos de Veteranos aprovou 38 símbolos que indicam a fé dos oficiais falecidos em serviço nos memoriais. Normalmente demora alguns meses para uma petição feita por um grupo de fé ganhe a aprovação do departamento, mas os esforços em nome do símbolo wicca demoraram quase 10 anos e um processo, disse Richard B. Katskee, diretor legal da Americanos Unidos.
O grupo atribuiu o atraso à descriminação religiosa. Muitos americanos não consideram wicca como uma religião, ou tem a idéia errada de que os seguidores são adoradores do diabo.
“As famílias wicca que representamos não estavam pedindo por um tratamento especial”, disse o reverendo Barry W. Lynn, diretor executivo da Americanos Unidos, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira. “Eles queriam exatamente o mesmo tratamento que dezenas de outras religiões já receberam do departamento, um reconhecimento que suas crenças espirituais estavam junto com a de todos os outros”.
Um porta-voz do departamento, Matt Burns, confirmou que o departamento “irá adicionar o pentagrama à sua lista de símbolos aprovados de crenças que serão marcados nas lápides fornecidas pelo governo. O governo fez o acordo para o interesse das famílias envolvidas e para poupar os pagadores de impostos de maiores litígios”.
Existem 1.800 wiccas nas forças armadas, de acordo com a pesquisa do Pentágono citada no processo, e eles mencionaram sua fé em livros oficiais para os capelães militares e anotaram em suas correntes de identificação.
Ao menos 11 famílias serão afetadas imediatamente pela decisão do departamento, comentou o reverendo Selena Fox, ministro do Circle Sanctuary, uma igreja wicca em Wisconsin.
Ao revisar as 30 mil páginas de documentos do departamento, a Americanos Unidos disse que achou e-mails e memorandos se referindo à comentários negativos do presidente Bush sobre wicca em uma entrevista feita em 1999 pelo “Good Morning América”. “Eu não acredito que bruxaria seja uma religião”, Bush disse na época, segundo a transcrição.



06 janeiro, 2008

Quem são as Bruxas hoje em dia? O que elas fazem e onde se escondem?


Quem são as Bruxas hoje em dia? 
O que elas fazem e onde se escondem?
Não, elas não se escondem.
Quando as pessoas ouvem a palavra Bruxa, logo se lembram daquela velha imagem da senhora verde com nariz grande e uma verruga, mexendo em um caldeirão.


Sinceramente: alguém acredita mesmo que um ser assim possa ter existido?

As Bruxas são pessoas normais, como você.
Trabalham, têm filhos, obrigações, dívidas, problemas financeiros e amorosos. Antigamente, quando as bruxas eram perseguidas, é óbvio que elas viviam escondidas, para evitar a morte.
Hoje em dia, ainda há o preconceito com relação às bruxas, mas é muito menor do que antigamente.
Isso se dá principalmente pelo fato de as bruxas irem a público se defender das mais freqüentes acusações, como as de fazer pactos com o demônio ou comer criancinhas.
Pura superstição popular.
As pessoas costumam temer o que não conhecem bem, e é isso o que acontece com relação à Bruxaria.
O que as Bruxas NÃO fazem:


- Bruxas não fazem pacto com o diabo.
- Bruxas não reverenciam, adoram ou celebram a entidade conhecida como diabo ou satã.
- Bruxas não usam fetos abortados em rituais.
- Bruxas não renunciam ao Deus cristão, apenas acreditam em outra forma de divindade.
- Bruxas não são sexualmente anticonvencionais.
- Bruxas não fazem uso de drogas rituais.
- Bruxas não forçam ninguém a fazer algo que não queiram.
- Bruxas não querem converter o mundo para a sua religião.
- Bruxas não profanam igrejas.
- Bruxas não realizam "missas negras".
- Bruxas não cometem crimes em nome de sua religião.
- Bruxas não comem criancinhas.
- Bruxas não voam em vassouras.
- Bruxas não são verdes.
- Bruxas não acreditam que sexo seja pecado.
- Bruxas não realizam orgias rituais, pois o sexo é visto como sagrado.


O que as Bruxas fazem:


- Plantam ervas em seu quintal para fins curativos e culinários.
- Conversam e se comunicam com as plantas e animais.
- Celebram a virada das estações do ano.
- Celebram as fases da Lua.
- Relacionam a sua menstruação às fases lunares.
- Honram todos os alimentos, de carnes a vegetais.
- Têm seu corpo como sagrado.
- Sexo por amor e por prazer, por ser algo natural.
- Bruxas acreditam em reencarnação.
- Bruxas honram deuses e deusas.
- Bruxas respeitam todos os seres vivos em igual importância.
- Bruxas repudiam o proselitismo.
- Bruxas servem a Terra.
- Bruxas repudiam qualquer forma de preconceito.
- Bruxas são cidadãs.


Rumo ao futuro


"Bruxaria é coisa do passado". 
Você já ouviu essa frase?
Provavelmente sim.
Diariamente, nós lidamos com situações que nos fazem pensar o que será do Paganismo daqui a diante.
E há perspectivas boas e ruins.


- As pessoas estão cada vez mais desenvolvendo uma consciência ecológica e de preservação do planeta. Sabem que a Terra não é uma fonte de riquezas inesgotáveis e que precisamos cuidar dela para que não seja destruída de uma vez. Assim, cada vez mais novas ONGs (Organizações Não-Governamentais) são criadas e apoiadas por voluntários numa busca desenfreada pela preservação da Natureza. Esse tipo de conscientização está cada vez mais aumentando.


- Estamos vivendo um momento onde todos estão buscando uma nova conscientização e aperfeiçoamento interior. A palavra-chave é EQUILÍBRIO. Religiões orientais e técnicas como o Feng Shui são popularizadas, visando uma harmonia global. Da mesma forma, a Wicca e o paganismo, ligados a Terra, aparecem como uma "nova" alternativa.


- O despertar de uma espiritualidade maior nos remete aos conceitos de Mãe-Terra e Mãe-Natureza - o resgate do sagrado feminino. Tal resgate também auxilia o movimento de respeito à mulher em todo o planeta. A existência das tradições diânicas são um bom exemplo disso. Assim, a humanidade tende a se tornar mais sensível e preocupada com tudo ao seu redor.


- O preconceito com a Bruxaria está cada vez mais diminuindo.. No mundo todo, pessoas se intitulam "bruxas" e são aceitas com maior facilidade em locais públicos. Não há mais o perigo latente de perseguições e mortes, apesar de haver ainda muito preconceito religioso. No entanto, tal preconceito está sendo cada vez mais visto com repúdio e tende a desaparecer.
Alguns acreditam que o Paganismo ter se popularizado não foi algo tão bom assim, pois existe muita deturpação. Mas acredito que, se quem realmente vive o paganismo de modo sério, saber fazer a sua parte, não haverá maiores problemas.